Da redação, AJN1
Mais de 300 homens das polícias Federal (PF) e Rodoviária Federal (PRF) estão mobilizados desde o início da manhã desta sexta-feira (9) na operação “Canto da Sereia”, que tem como foco a desarticulação de uma organização criminosa que vinha atuando no roubo, desvio e receptação de cargas. A ação, que é o desdobramento da operação "Subida da Torre" realizada no final do ano passado, acontece simultaneamente em Sergipe, Alagoas, Bahia, Goiás, Mato Grosso e São Paulo.
De acordo com a Assessoria de Comunicação da PRF, os policiais estão cumprindo 35 mandados de prisão – sendo sete temporárias e 28 preventivas – e 49 de busca e apreensão a maioria deles nas cidades de Aracaju, Nossa Senhora do Socorro, Boquim, Itabaianinha, Estância, Tobias Barreto, Cristinápolis e Umbaúba. Dentre os alvos estão empresários, microempresários e estabelecimentos comerciais. A ação ainda está em andamento e já foram presas 22 pessoas, dentre elas o proprietário de uma revenda de pneus.
Em 2015 o grupo criminoso, que foi alvo da operação "Subida da Torre" realizada pela PF e PRF, gerou um prejuízo as transportadoras em mais de R$ 1 milhão e este ano o roubo e desviou de cargas já teria provocado um prejuízo superior a R$ 15 milhões. O inspetor da PRF Flávio Vasconcelos explicou que o grupo tinha como base a cidade de Cristinápolis e após a operação mudou a forma de atuar, passando a aliciar caminhoneiros para que desviassem as cargas.
Depois de serem abordados por integrantes da quadrilha, os motoristas eram orientados a simular assaltos e registrar queixas em outros estados para dificultar as investigações da polícia. Em outros casos, os próprios caminhoneiros procuravam os integrantes da organização criminosa para vender a carga. Depois disso, o material desviado era transportado em outros veículos fornecidos pela quadrilha, que armazenava e repassada aos receptadores, que as comercializavam em suas lojas.
Os presos em Sergipe estão sendo conduzidos até a sede da Superintendência da PF, onde serão interrogados e depois encaminhados ao Complexo Penitenciário Manoel Carvalho Neto (Copemcan) em São Cristóvão. Os acusados serão indiciados pelos crimes de lavagem de dinheiro, corrupção ativa e passiva, fraude à licitação, falsa comunicação de crime e formação de organização criminosa. Se condenados, a soma das penas superam os 700 anos de reclusão.
* Matéria atualizada às 9h para acréscimo de informações.