Em geologia, uma placa tectônica é definida como um grande pedaço de rocha sólido e rígido. A palavra “tectônica”, derivada do grego tektonikos, que significa “construir”, é combinada com o termo “placas” para descrever como a superfície da Terra está estruturada.
De acordo com a Universidade de La Coruña, uma instituição acadêmica da Espanha, a teoria da tectônica de placas sustenta que a litosfera (a camada mais externa do planeta, que consiste na crosta e no manto superior) é dividida em mais de uma dúzia de placas que se movem umas em relação às outras.
Apesar de ser um conceito relativamente recente, essa teoria da tectônica de placas revolucionou nossa compreensão da dinâmica da Terra. De acordo com a fonte espanhola, a teoria integrou várias disciplinas das ciências da Terra, como a paleontologia e a sismologia, e forneceu respostas a perguntas fundamentais sobre fenômenos como terremotos em determinadas regiões do mundo.
Quantas placas tectônicas existem na Terra?
O mapa de placas tectônicas comumente encontrado em livros didáticos inclui 14 placas principais, e se baseia na classificação feita pelo cientista e professor japonês Seiya Uyeda em 1978, conforme afirma um artigo de 2019 da revista espanhola Enseñanza de las “Ciencias de la Tierra” (“Educação em Ciências da Terra, em tradução livre), uma publicação editada pela Asociación Española para la Enseñanza de las Ciencias de la Tierra.
Um artigo de National Geographic da Espanha vai além dessa classificação e pontua que a superfície da Terra é possui um conjunto de placas tectônicas no qual há um número limitado de placas principais e várias outras placas secundárias.
De acordo com esse artigo da Nat Geo espanhola, seis das placas principais têm o nome dos continentes que estão sobre elas: a placa norte-americana, a placa africana, a placa sul-americana, a placa euro-asiática (que abrange grande parte da Ásia e da Europa), a placa australiana e a placa antártica.
As placas secundárias, embora menores, são igualmente importantes na formação do planeta, continua o artigo. Por exemplo, a pequena placa Juan de Fuca é responsável pela atividade vulcânica na região noroeste do lado do Pacífico nos Estados Unidos, observa o artigo.
Como as placas tectônicas se movimentam?
Como explica a Encyclopaedia Britannica (uma plataforma on-line de conhecimentos gerais do Reino Unido), essas placas se movem a uma taxa de vários centímetros por ano e interagem ao longo de suas fronteiras.
O movimento das placas é impulsionado por fluxos de rochas mais macias sob a litosfera, funcionando como uma espécie de correia transportadora, como descreve também a publicação da National Geographic Espanha. A interação entre as placas, que se aproximam ou se afastam, é a fonte da atividade geológica no planeta.
Esse movimento dá origem a três tipos de limites tectônicos: limites convergentes, em que as placas se aproximam; limites divergentes, em que elas se afastam; e limites transformados, quando as placas deslizam lateralmente umas em relação às outras, explica a mesma fonte. Esses processos são fundamentais para a compreensão de fenômenos como terremoto e erupções vulcânicas, e são cruciais para a dinâmica da Terra.
Fonte: National Geographic Brasil