Com o objetivo de promover a produção artística cultural, incentivando os artistas locais, e estimular o acesso e a formação de público, a Secretaria de Estado da Cultura (Secult) realizou neste final de semana, a I Virada Cultural no Lourival. Cerca de trinta grupos se apresentaram no Teatro Lourival Baptista durante 24 horas de programação, que reuniu as mais variadas classes artísticas de Sergipe.
Há quatro anos integrando a cena da dança em Sergipe, o Grupo Insaltos subiu ao palco na tarde deste domingo. Com o espetáculo que retratou a força da mulher, o Grupo foi aplaudido pelo público. Para a coordenadora do grupo, Marinalva Lima, é uma satisfação participar da Virada Cultural. “Para a gente é um sonho realizado. Até então, nós só havíamos nos apresentado em conjunto com outros grupos, e é uma alegria ter um espaço como este, para mostrar o nosso trabalho”.
Logo após, foi a vez do Grupo Leylak entrar em cena. Criado em 2010, o Grupo, que é dirigido pela coreografa Adriana Leylak, inovou ao apresentar a dança do ventre interligada com a dança afro. “A proposta da Virada Cultural é muito interessante. Trazer essa diversidade da arte cênica que existe em Sergipe é sempre importante”, avaliou.
Há vinte anos atuando no ramo da dança a Balanceio Escola de Dança levou para o Teatro Lourival Baptista a história da animação “Rio”, produzida pelo diretor brasileiro Carlos Saldanha. Sob supervisão da professora Renata Munerato, o espetáculo fez uma crítica ao tráfico de animais recorrente no país.
Retratando a história de Maria Feliciana, mulher que já foi considerada a mais alta do mundo, a Companhia Stultifera Navis divertiu o público. Na peça, Maria traz a vida em sonho junto com um amigo imaginário, onde começam a brincar e, a partir dessa brincadeira, se aventuram em um circo de verdade. Para a atriz Alessandra Gomes esta é uma forma de mostrar para as crianças a história de Maria de uma forma lúdica. “A história se passa num circo e é tudo muito colorido, nós buscamos prender a atenção do público com essa ideia”, contou.
Com três meses de montagem, o espetáculo já passou por locais como o Museu da Gente Sergipana e o Centro Cultural de Aracaju. Segundo o coordenador e ator da Companhia, Amadeu Neto, a Stultifera busca sempre elaborar projetos que visam a valorização das personagens sergipanas. Para ele, participar da Virada Cultural é uma honra para a Companhia. “A gente fica sempre muito feliz, é sempre bom ter um evento como este para a sociedade, reunindo a dança, teatro e música de qualidade que os artistas sergipanos fazem”, afirmou.
O evento atraiu centenas de pessoas ao teatro durante os dois dias de programação, que contaram ainda com apresentações de artes circense, grupo de capoeira e musicais, a exemplo da banda Coutto Orquestra, vencedora nacional do Prêmio Natura Musical 2015. Para o estudante de Geografia e ator, César Augusto, a proposta da Virada é interessante. “Fiquei sabendo através das redes sociais, e achei interessante, a cena cultural em Sergipe vem crescendo e acredito que este evento deveria entrar no calendário cultural”, opinou.
Fonte: Secult
