ARACAJU/SE, 13 de dezembro de 2024 , 12:28:16

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Diante de incerteza fiscal, dólar fecha em R$ 5,86, maior patamar do governo Lula

 

O dólar avançou 1,53% e fechou a R$ 5,8698 nesta sexta-feira (1º), no maior patamar registrado no governo Lula. O valor também é o maior desde maio de 2020, durante a pandemia de covid-19. Entre os motivos estão as incertezas externas, pela eleição nos EUA e o ritmo da atividade econômica americana, e as internas, pela falta de definição do ajuste fiscal em estudo pelo governo federal.

No ano, a valorização da moeda americana já chega a 20%, após fechar 2023 em R$ 4,85. O grande problema dessa forte alta em um curto espaço de tempo é o impacto que isso tem nas expectativas de inflação.

A ausência do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, na próxima semana, indicando que as medidas voltadas ao ajuste fiscal ainda devem demorar, repercutiu no mercado. Haddad viajará à Europa entre segunda-feira (4) e sábado (9).

O governo não fixou um prazo para o anúncio, nem estimativa do impacto desse pacote, mas passou o recado de que o material já está sendo redigido e passando por análise jurídica.

O mercado espera uma redução de R$ 25,50 bilhões nas despesas do governo, valor que ficaria aquém dos R$ 49,50 bilhões necessários para atender às regras fiscais de 2024.

Os economistas do mercado acreditam que o Copom vai acelerar o ritmo do aperto na próxima semana, com 0,50 ponto porcentual na Selic, a 11,25% ao ano. As estimativas intermediárias do mercado apontam ainda mais uma alta de 0,50 ponto em dezembro e outra de 0,25 ponto em janeiro de 2025, quando a taxa atingiria 12% ao ano.

Para Lucas Moreira, especialista em investimentos do Grupo Fractal, a perspectiva para o dólar até o final de 2024 é de valorização, impulsionada tanto por fatores externos quanto internos.

“No Brasil, incertezas fiscais e uma inflação resiliente continuam pressionando o real. A confiança na política monetária brasileira e na estabilidade fiscal será crucial para conter uma desvalorização mais acentuada da moeda local. Além disso, a proximidade das eleições nos EUA e possíveis mudanças na política econômica americana podem aumentar a volatilidade cambial até o final do ano”, avalia Moreira.

Fonte: R7

 

 

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