Foto: Sergio Lima / AFP
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a criticar o teto de gastos na última segunda-feira (20). Segundo ele, a lei aprovada em 2016 que limita as despesas da União prejudica o crescimento da economia.
Ao defender sua ideia, o petista afirmou que “os livros de economia estão superados”. De acordo com ele, é preciso de uma ação firme do Estado para diminuir a desigualdade social entre os brasileiros.
“Se o Estado é capaz de aceitar conviver com dívida de R$ 1,7 trilhão, que as pessoas devem à Previdência e à Receita, por que não pode conviver com um pouco de subsídio para a pessoa pobre se tornar menos pobre, virar cidadão de classe média, poder virar um cidadão de padrão médio, e este país voltar a crescer?”, disse Lula.
“Os livros de economia estão superados. É preciso criar uma nova mentalidade sobre a razão de a gente governar”, completou. As falas foram proferidas no Palácio do Planalto, durante o relançamento do programa Mais Médicos.
Em seu discurso, o mandatário defendeu que o país não deveria ver as verbas de saúde como “gasto” e defendeu que esses aportes financeiros estejam fora da regra fiscal, uma vez que, na visão dele, “não tem investimento maior que salvar uma vida”.
“Quanto custou ao Brasil não fazer as coisas no tempo certo? Quanto custou ao Brasil não cuidar da saúde mais rápido, não alfabetizar o povo na década de 50, não ter feito a reforma agrária antes, não ter acabado com o preconceito racial, não tratar as mulheres com o respeito que elas merecem?”, finalizou.
Crítica à Taxa Selic
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a criticar o Banco Central por causa da taxa de juros. Lula disse, entre outras coisas, que continuará “batendo” na instituição.
“É irresponsabilidade do Banco Central manter a taxa de juros a 13,75%”, afirmou o presidente.
Em tom incisivo, o petista garantiu que seguirá batendo de frente com as medidas adotadas pelo BC.
“Eu vou continuar batendo, vou continuar tentando brigar para que a gente possa reduzir a taxa de juros, para que a economia possa voltar a ter investimento”, prosseguiu.
Ainda de acordo com ele, não é preciso “ter a pressa” que o setor financeiro quer.
“É preciso discutir um pouco mais. A gente não tem que ter a pressa que algumas pessoas do setor financeiro querem. Precisamos saber o seguinte: eu vou fazer o marco fiscal, eu quero mostrar ao mundo que eu tenho responsabilidade”, reiterou.
Fonte: Conexão Brasil