O real foi a 6ª moeda que mais se desvalorizou no mundo em relação ao dólar em 2024. A desvalorização acumulada de janeiro a julho foi de 14,6%. Moedas de países pares, como as nações da América Latina ou do Brics (grupo formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), estão todas mais valorizadas ante o dólar do que o real. Com desempenhos piores estão:
– Nigéria: desvalorização de 47,2%;
– Egito: -36,5%;
– Sudão do Sul: -33,5%;
– Etiópia: -27,0%;
– Gana: -22,9%.
O levantamento foi feito pelo economista-chefe da Austin Rating, Alex Agostini, a pedido do Poder360, a partir do câmbio Ptax – que é o oficial informado pelo Banco Central – para avaliar o valor do real em relação à cotação da moeda dos Estados Unidos. Em junho, o real estava em 5º lugar.
A desvalorização do real é afetada pela leitura negativa do mercado sobre a manutenção da Selic, a taxa de juros básica, em 10,5% pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC), anunciada na quarta-feira (31).
O mercado entende que o colegiado pode sinalizar um possível acréscimo na taxa depois do aumento da projeção da inflação de 4,05% para 4,10%.
No cenário externo, a possível escalada de conflitos no Oriente Médio, com o assassinato do líder do Hamas, Ismail Haniyeh, influenciou negativamente o real.
Na quinta-feira (1º), o dólar atingiu a máxima de R$ 5,74, maior valor desde dezembro de 2021. No final do dia, a moeda fechou em R$ 5,73. Nesta sexta-feira (2), abriu em R$ 5,77, bateu R$ 5,79 na máxima, às 9h36, e recuava para R$ 5,75 às 12h22, ainda com alta – de 0,26% – em relação ao dia anterior.
Fonte: Poder360