Os estudantes da Universidade Federal de Sergipe (UFS) que fazem parte do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (Pibid) protestaram hoje (3) contra a redução das bolsas, anunciada pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes).
De acordo com Thomas Oliveira, estudante do curso de licenciatura de matemática, as bolsas seriam cortadas em 50%, mas em Sergipe esse corte ultrapassa os 70%.
“Somos cerca de 1.200 mil estudantes do curso de licenciatura com bolsas, com a redução, ficarão cerca de 350 alunos bolsistas. Recebemos a informação que os alunos que já estão com a bolsa há dois anos perderão, só os que não têm continuarão. No edital das bolsas estipula um período de dois anos podendo ser renovada por mais dois, mas a estratégia do Ministério da Educação foi não renovar”, explica.
Thomas conta que as bolsas são muito importantes para os acadêmicos porque servem como base para a formação. Cada aluno recebe R$ 400. “Nós, alunos de licenciatura, temos a oportunidade de levar para as escolas várias atividades com base nas disciplinas e conhecimento que adquirimos na sala de aula, isso nos ajuda muito por vivenciamos mais a prática, por aprendemos mais com o dia a dia. O estágio que é obrigatório é muito rápido, não conseguimos ter a experiência que temos com a PIBID”, ressalta o estudante.
Cortes
Em 2015 o Ministério da Educação (MEC) perdeu R$ 10,5 bilhões, ou 10% do orçamento, com os cortes anunciados pelo Governo Federal por conta do reajuste fiscal. Dois programas educacionais afetados foram o Financiamento Estudantil (FIES) e o Pronatec.
Houve uma grande expansão de financiamentos entre 2010 e 2014, mas ainda nos últimos dias de 2014 o governo alterou as regras do Fies, restringindo o acesso ao programa e adiando pagamentos a empresas educacionais. O ano (2015) fechou com 313 mil contratos, 57% menos do que o registrado em 2014.
Por Karla Pinheiro/CS
