ARACAJU/SE, 24 de abril de 2024 , 5:23:54

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Professores de Japoatã entram em greve por tempo indeterminado

DA redação, AJN1

 

Os professores da rede municipal de Japoatã entram em greve por tempo indeterminado a partir desta segunda-feira (14). Segundo a categoria, a decisão da paralisação aconteceu após o prefeito da cidade, Gimarcos de Alcântara, apresentar proposta para começar a pagar o reajuste do piso salarial de 2015 no mês de agosto, mas em contrapartida os professores deveriam abrir mão do pagamento do retroativo de janeiro a agosto.

O Sintese chamou a proposta da Prefeitura de “indecorosa”. “Em assembleia, a categoria deliberou não aceitar tamanho absurdo. O piso é um direito assegurado por uma Lei Federal e o prefeito deveria ter começado a pagar o reajuste em janeiro, como a própria lei garante. Não satisfeito em deixar os professores oito meses esperando pelo reajuste do piso, o prefeito ainda tem a coragem de propor que a categoria abra mão de um direito, que é o pagamento do retroativo. Para nós, isso é um abuso, uma piada de mau gosto”, esbravejou o coordenador da subsede do Sintese na região do Baixo São Francisco, professor Alberto dos Santos.

Alberto também disse que os professores de Japoatã estão sofrendo com o atraso no pagamento de seus salários. “A prefeitura adotou, nos últimos meses, uma postura de pagar os salários dos professores após o mês trabalhado. O salário de agosto, por exemplo, foi pago somente na semana passada. Os professores chegam a receber seus salários com 5 a 10 dias de atraso”, denunciou.

A categoria diz ainda que outro motivo que levou a categoria a deflagrar greve são as precárias condições das escolas da rede municipal e a falta de alimentação escolar.

“Além de conviverem com a negação de seus direitos, os professores também veem diariamente o direito de seus alunos sendo desrespeitados. É fundamental que a população de Japoatã apoie a causa dos professores, pois esta luta vai além das questões salariais. Esta é uma luta por dignidade, por direitos, por mais respeito e por uma educação de qualidade social que permita o desenvolvimento e assegure o futuro dos filhos e filhas dos trabalhadores de Japoatã”, afirma o coordenador do Sintese.

Prefeitura

A reportagem da AJN1 não conseguiu entrar em contato com a Prefeitura de Japoatã para esclarecer as denúncias do Sintese. 

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