ARACAJU/SE, 19 de abril de 2024 , 19:18:09

logoajn1

Computação: uma ferramenta para a resolução de problemas

Por Joangelo Custódio

redação CS e AJN1

 O mundo está cada vez mais digital, conectado e dinâmico. Para dar conta de tantas inovações, os profissionais da área de tecnologia da informação, como os engenheiros da computação, são peças fundamentais na compreensão dessa ‘engrenagem’ dos tempos modernos. Afinal, esse é um segmento em pleno crescimento e que traz bons resultados para quem tiver o perfil certo. Para entender um pouco mais sobre o que faz esse profissional, o Jornal Correio de Sergipe e o portal AJN1 conversaram com o estudante do quinto período de Engenharia da Computação da Universidade Federal de Sergipe (UFS), Yves Luís Bastos Canário Rodrigues, de apenas 20 anos e que também é presidente da SofTeam, empresa sem fins lucrativos composta pelos melhores alunos dos cursos de Ciência da Computação, Engenharia de Computação e Sistemas da Informação da UFS. Ficou curioso? Então leia a entrevista exclusiva e conheça um pouco mais sobre a rotina desse profissional e entenda melhor a área!

Correio de Sergipe e Portal AJN1: O que faz um engenheiro de computação?

Yves Rodrigues: A Engenharia de Computação é um curso que integra conhecimentos das áreas da Ciência da Computação e da Engenharia Eletrônica, desse modo, unindo o desenvolvimento de softwares com o de hardwares.

CS e AJN1: Como é o curso na universidade e qual o perfil do estudante? É preciso ter mesmo vocação?

 YR: O curso proporciona um ambiente desafiador, pois, muitos dos conhecimentos são passados de forma teórica e com a falta da aplicação prática dos aprendizados, ademais, extensões como pesquisas, grupos de extensão e empresas juniores vêm para suprir a necessidade do estudante de praticar o que foi dado em sala de aula. Não é necessário ter vocação, somente o interesse pela área.

CS e AJN1: De acordo com estudos, o processo de automação e a inteligência artificial devem impactar profundamente o mercado de trabalho até 2030, abrindo novos postos principalmente para os profissionais da área de tecnologia. Ou seja, cursar uma faculdade de engenharia da computação é um caminho promissor. Sergipe está preparado para esse futuro?

YR: Em suma, ainda não. Inteligência artificial e automação compõem uma porcentagem pequena da demanda do mercado sergipano, assim, creio que profissionais que se formam nessas áreas acabam por procurar um mercado externo. Porém, esse cenário ainda pode mudar nos próximos anos.

CS e AJN1: Você é presidente da SofTeam, empresa sem fins lucrativos composta pelos melhores alunos dos cursos de Ciência da Computação, Engenharia de Computação e Sistemas da Informação da Universidade Federal de Sergipe. Como nasceu a SofTeam e como ela pode entregar soluções digitais abrangendo diversas áreas da computação?

YR: A SofTeam foi fundada 1997 e, apesar da UFS já contar com a Empresa Júnior de Administração, ainda não havia uma cultura de empreendedorismo. A bolha de informática ainda não tinha explodido e via-se várias iniciativas para o surgimento de empresas inovadoras na área de software. Ou seja, era um clima propício a inovações na área do empreendedorismo. O início foi marcado pelo esforço em legalizar a iniciativa como uma associação e em conseguir os primeiros clientes. Por unirmos a força do empreendedorismo com a percepção do ambiente acadêmico, a SofTeam consegue entregar o melhor dos dois mundos para os seus clientes.

CS e AJN1: Por ser composta por estudantes, a SofTeam oferece serviços mais baratos, do ponto de vista mercadológico, mas, em contrapartida, o cliente ganharia em potencial de resolutividade, já que as cabeças pensantes dos estudantes são mais assertivas?

YR: Sim. Vejo a SofTeam como um conjunto de estudantes, cientistas e gestores que desejam aprender e colocar em prática suas habilidades. Além disso, possuem todo o apoio de uma equipe de mestres e doutores do departamento. Dessa forma, a SofTeam consegue entregar os melhores produtos para os seus clientes.

CS e AJN1: Quantos alunos fazem parte da SofTeam? De quem foi a ideia de criar essa empresa?

YR: Hoje, a SofTeam é formada por 38 alunos do Departamento de Computação. Ela foi criada em 1997 pelos seguintes membros fundadores: Marcos Aurelio Santos da Silva, Vinícius Barbosa Melo, Charlton Alexandro Andrade Almeida e Paulo Humberto Lopes de Lacerda.

CS e AJN1: A empresa, de certa maneira, serve como estágio de alto nível? Quem coordena?

YR: A SofTeam não conta como estágio supervisionado, porém, consegue agregar as melhores experiências aos seus membros, pois, um membro da SofTeam mergulha dentro do Movimento Empresa Júnior tendo contato com pessoas de outras EJ’s (Empresas Juniores), microempresários e empresas sêniores do mercado de todo Brasil. Além disso, ele consegue construir toda uma jornada dentro da EJ, passando pelo cargo de assessor, gerente, diretor e até mesmo indo para cargos dentro da Federação Sergipana de Empresas Juniores (SERJÚNIOR). As empresas juniores são coordenadas pelos próprios alunos, estes que acabam por desenvolver habilidades como liderança e gestão, além disso, tem o suporte do professor orientador.

CS e AJN1: Quais são os principais serviços oferecidos pela SofTeam?

YR: Hoje a SofTeam trabalha com o desenvolvimento de sites institucionais, e-commerce, concepção de solução, sistemas web e aplicativos. A complexidade vai depender bastante do que o cliente deseja, visto que, cada serviço é construído de maneira customizada para o desejo do nosso cliente.

CS e AJN1: O momento da pandemia demonstrou como é importante as pessoas ou empresas, como a SofTeam, estarem atentas às novas tecnologias. De que maneira o profissional de engenharia da computação pode ajudar?

YR: A computação funciona como uma ferramenta para a resolução de problemas. Assim, um profissional da área vem para analisar e entender as dores das pessoas, dessa forma, utilizar mecanismos para a auxiliar na resolução da dor.

CS e AJN1: Como a engenharia da computação influencia o nosso cotidiano?

YR: A tecnologia influencia diretamente o cotidiano dos indivíduos, não apenas no âmbito pessoal, mas também no profissional. A computação vem para facilitar e automatizar atividades que antes eram extremamente robóticas, além de conectar toda uma rede de pessoas.

CS e AJN1: Engenharia de Software, Ciência da Computação e Desenvolvimento de Sistemas, têm diferenças?

YR: Todos vêm com uma mesma base de conhecimentos. A diferença está no foco de cada formação. O curso de Ciência da Computação é focado em dar uma base de carga mais teórica, mas também interdisciplinar, o profissional pode atuar em qualquer área que exija a elaboração de soluções computacionais. A Engenharia de Software foca nos processos para o desenvolvimento, manutenção e atualização de um Software. A Análise e Desenvolvimento de sistemas abrange a concepção de soluções tecnológicas voltadas a modelagem de um negócio.

Frase:

“A computação funciona como uma ferramenta para a resolução de problemas. O profissional da área chega para analisar e entender as dores das pessoas”

Você pode querer ler também