A Administração Estadual do Meio-Ambiente (Adema) enviou uma equipe na manhã de ontem (8), ao estuário do Rio do Sal, mais precisamente na região do loteamento Porto do Gringo, no bairro Soledade, para coletar materiais e fazer uma análise sobre a mortandade dos peixes, encontrada por pescadores na última quinta-feira (7). Várias espécies, entre robalos e tainhas, estavam entre os peixes mortos.
O diretor Técnico da Adema, José Assis, informa que, assim que obteve conhecimento da mortandade, uma equipe foi organizada e enviada para o local. “Assim que soubemos da morte dos peixes, organizamos uma equipe e ela já foi enviada ao local para coletar materiais. Será feita uma análise para identificar o que causou a mortandade, mas, por enquanto, a Adema não pode se pronunciar sobre a morte dos peixes”, disse.
E os pescadores do local fizeram uma grave denúncia: de acordo com eles, a mortandade dos peixes foi causada, mais uma vez, pelo veneno que, segundo eles, está sendo colocado nos mais de 50 viveiros de camarões que existe na região. “O problema não é recente e a Adema precisa tomar uma providência. Os donos dos viveiros de camarões estão colocando veneno para matar os caranguejos que furam as redes dos viveiros. E esse veneno é o que está provocando a morte dos peixes”, afirma o pescador Erisvaldo dos Santos.
Já de acordo com o pescador José dos Reis, as famílias que vivem na região e que sobrevivem da pesca estão tendo prejuízos, devido à frequência da mortandade dos peixes. “Estamos sendo prejudicados porque não é a primeira vez que os peixes aparecem mortos e sempre é em grande quantidade. As famílias que sobrevivem da pesca estão no prejuízo. Os peixes do estuário estão sumindo e os que têm aparecem mortos. A Adema tem que investigar que está causando a morte dos peixes e punir os responsáveis”, declara.
Denúncia
Sobre a denúncia dos pescadores, o diretor Técnico da Adema, explica que, por enquanto, o órgão não pode se pronunciar sobre o assunto. “A equipe já está no local e as análises serão feitas, mas, por enquanto, a Adema não pode se pronunciar sobre a denúncia dos pescadores. Somente depois da avaliação que apontará as causas da mortandade”, conclui José Assis.
Por Juliana Moura/CS