Da redação, AJN1
Em resposta as constantes mortes relacionadas ao tráfico de drogas na região de Cristinápolis, policiais militares realizaram nesta segunda-feira (16), uma operação no bairro Manoel Joaquim que terminou nas mortes de quatro suspeitos e nas prisões de outros cinco. A ação envolveu as equipes da Força Tática do 11º Batalhão da Polícia Militar (BPM), da Companhia Integrada de Operações em Área de Caatinga (Ciopac), do Comando do Policiamento Militar do Interior (CPMI) e do Grupamento Tático Aéreo (GTA).
Os mortos foram identificados pela polícia como sendo John Lucas, Lucas Araújo Andrade, “Luquinhas”, 17, Kevin Kaira de Jesus, 16, e outro de prenome Juliano. Com eles foram apreendidos dois revólveres calibre 38 e um calibre 32, e uma escopeta calibre 12. Além disso, foram encontrados 49 pinos de cocaína, 45 pedras de crack e uma balança de precisão. Já os presos foram Cleverson de Jesus Fonseca, o “Kel” – que teria participado diretamente do triplo assassinato -; Queila Sales da Silva, o mototaxista Luciano Farias Almeida, o “Banquinho”, e os irmãos Lucas e Alessandro Pinheiro.
A ação ocorreu horas depois das execuções de Ailton Santana, 44, José Jenilson dos Santos de Jesus, 21, e Rosicleide Santos Reis, 28, ocorrida em um imóvel da “Rua do Lixão”, na madrugada do domingo (15). De acordo com o comandante do Policiamento Militar do Interior (CPMI), coronel Fábio Rolemberg, as mortes estão relacionadas a disputa territorial do tráfico de drogas em Cristinápolis.
A informação é que Rosicleide depois de ser expulsa de um ponto de tráfico pelo grupo liderado por João Lino, o “João Preto”, que é companheiro de Queila, resolveu comercializar drogas em outro local. Além disso, segundo relatos dos presos, ela planejava matar “João Preto. Com isso, o traficante resolveu se antecipar e teria recrutado os irmãos Lucas e Alessandro Pinheiro, que são alagoanos e teriam ligação com a facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC), para participar das execuções.
Denúncias anônimas levaram os policiais da Força Tática e do Ciopac a realizar buscas no bairro, pois havia a informação que os suspeitos de envolvimento no triplo homicídio estariam escondidos em um matagal. Nas buscas realizadas, os militares chegaram aos quatro homens, que reagiram a abordagem. Houve troca de tiros e os suspeitos acabaram baleados. Eles foram socorridos, mas vieram a óbito na unidade de saúde do município.
Antes do confronto, os policiais já haviam capturado Queila, Lucas e Alessandro. Eles foram autuados em flagrante por associação para o tráfico. Além disso, Cleverson de Jesus Fonseca, o “Kel”, que foi um dos executores do triplo homicídio, foi localizado e preso no Hospital de Urgência de Sergipe (Huse), em Aracaju, onde está internado com um tiro na perna, que revelou ter efetuado acidentalmente durante o crime. Outro preso foi um mototaxista que é acusado de integrar o grupo criminoso e de dar fuga a João Preto.
A informação é que Cleverson confessou participação nas mortes de Ailton, Jenilson e Rosicleide. O suspeito também teria contado detalhes de como aconteceu o triplo crime. Outros dois homens identificados como João Lino, o “João Preto”, – que seria o líder da organização criminosa e um dos executores do crime – e outro de prenome Diego.
*Matéria alterada às 9h30 para acréscimo de informações.