Da redação, AJN1
“Houve omissão por parte da Sejuc”. A afirmação categórica é de Rosimeire de Andrade, mãe do detento Fabiano Joaquim de Andrade, que morreu na última quarta-feira (3), nas dependências do Hospital de Urgências de Sergipe (Huse). Mas o óbito, conforme a mãe, só foi informada aos familiares pela Secretaria de Estado da Justiça cinco dias depois porque a irmã esteve no Complexo Penitenciário Dr. Manoel Carvalho Neto (Copemcan), em São Cristóvão, para saber notícias.
Fabiano cumpria pena por roubo desde agosto do ano passado. Ele foi levado ao Huse após passar mal. Segundo Rosimeire, o filho era portador de tuberculose.
Ainda segundo a mãe, Fabiano chegou ao Huse por volta das 10h do dia 3 em estado grave, mas não resistiu e veio a óbito quase uma hora depois de ter dado entrada com febre hemorrágica.
O corpo de Fabiano, então, ficou no necrotério do hospital, que teve que reter o cadáver em virtude da ausência de documentação. O Huse solicitou à Sejuc a identificação do morto, mas a resposta era quase inverossímil: a ficha do detento continha informações equivocadas e estava impossibilitada de comunicar o corrido aos familiares.
A ficha do interno, de acordo com a mãe, estava correta. “Se a Seuc não tinha o contato nosso, porque ontem (9), quando fui ao Copemcan, até o registro dele apareceu? Eles tinham, sim, os nossos contatos telefônicos, tinham todos os dados, endereço da residência, aqui no bairro São Carlos. No presídio, eu peguei todos os dados corretos. Eles estão com medo de que? De Assumir que houve erro, de que meu filho morreu e eles não avisaram a gente? A imprensa veio falar comigo em casa por meio do endereço que estava no presídio, onde está o erro? Por que eles avisaram a nós da última vez que ele adoeceu? Isso não vai ficar assim. E ainda querem nos dar ajuda, ajuda?”, indagou Rosimeire.
Sejuc
De acordo com a assessoria de Comunicação da Sejuc, os endereços que a direção do presídio continha na ficha interna de Fabiano estavam errados, inclusive, telefones.
“As assistentes sociais do presídio foram ao endereço e não localizaram os familiares. Lamentavelmente existe algum tipo de equívoco. O contato telefônico dava fora de área. Vamos ajudar essa família a solucionar esse problema. Vamos falar com a direção do Desip para esclarecer esse fato. Vamos tomar todas as providências necessárias”, disse o assessor Antônio Garcia, durante entrevista de rádio esta manhã.