ARACAJU/SE, 25 de abril de 2024 , 6:19:33

logoajn1

Homem trama sequestro relâmpago para impressionar namorada

Do AJN1, Ailton Sousa

 

Depois de quatro meses de investigações a equipe da Delegacia Especial de Roubos e Furtos de Veículos (DERFV) descobriu que um crime registrado como sequestro relâmpago não passou de uma trama orquestrada por um homem pretendia impressionar a namorada. A armação por pouco não acabou em tragédia com a morte da mulher, que chegou a ser baleada na perna.

 

“No decorrer da investigação, que contou com o apoio da Divisão de Inteligência, descobrimos que tudo não passou de uma armação de um homem apaixonado, obsessivo e ciumento que queria se passar por herói”, explicou o delegado Thiago Leandro.

 

Da trama, além do mentor intelectual Igor Alexandre Nascimento de Jesus, estão presos o comerciante Emílio Valter, apontado como executor do crime, e um policial civil que teria auxiliado na contratação do acusado. Ao ser preso, Igor confessou a autoria do crime, alegando que a situação fugiu do controle, quando a namorada foi atingida com um tiro.

 

O acusado alega que contratou uma pessoa para participar da farsa, mas esta preferiu “terceirizar” o serviço e chamou Emílio. Agora a equipe da DERFV trabalha para esclarecer qual a participação do policial civil no crime.

 

Entenda o caso

 

O fato aconteceu em outubro do ano passado. Pelo que foi apurado, Igor ofereceu carona para namorada e quando passava pelas imediações de uma garagem de ônibus no bairro Capucho, foi abordado pelo comparsa que simulou o assalto. Até ai, o plano seguia conforme o combinado e o casal foi levado até um canavial em Laranjeiras. No entanto, ao chegar no local Emílio efetuou um disparo, atingindo a mulher na perna.

 

Com isso, Igor saiu em busca de ajuda e conseguiu socorro médico para a até então sua namorada, que recebeu atendimento no Hospital de Urgência de Sergipe (Huse). Na versão do acusado, ele teria pago R$ 1,8 mil para que o plano fosse executado. No entanto, Emílio nega ter ligação com o policial civil e afirma ter sido Igor quem o contratou por R$ 5 mil e 50 caixas de cerveja. 

Você pode querer ler também