ARACAJU/SE, 11 de outubro de 2024 , 0:36:25

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Trabalhadores denunciam superlotação e falta de infraestrutura em maternidade

Da redação, AJN1

Médicos, enfermeiros, técnicos em enfermagem e demais trabalhadores estão denunciando supostas superlotação e precariedades nas condições de trabalho em uma das unidades de saúde mais importantes do estado: a Maternidade Nossa Senhora de Lourdes (MNSL), situada em Aracaju e gerenciada pela Secretaria de Estado da Saúde (SES).

De acordo com as denúncias, a escala dos médicos, por exemplo, está desfalcada e em desacordo com o padrão exigido pelo Conselho de Medicina e pelo Ministério da Saúde.

Conforme relatos, os números de atendimento e internamento vêm aumentando assustadoramente, sobrecarregando os profissionais, os quais acreditam que esse excesso de demanda está relacionado, dentre outras coisas, ao desvio de modalidade, isto é, a maternidade, criada para receber pacientes de “alto risco”, passou a ser “porta aberta”. Há denúncias, inclusive, de pacientes internadas recebendo atendimento em cadeiras.

O Sindicato dos Médicos do Estado de Sergipe (Sindimed-SE) informa que já encaminhou ofício às autoridades fiscalizadoras, a exemplo do Ministério Público e Conselho Regional de Medicina, para que a MNSL volte a operar normalmente.

“Diante das sérias denúncias, o Sindimed-SE manifesta solidariedade e preocupação não somente aos médicos, mas a todos os profissionais de saúde da unidade, como enfermeiros e técnicos, que estão exercendo a profissão sem as mínimas condições de trabalho, sendo impossibilitados de prestar um atendimento digno à população, que sofre ainda mais com toda essa situação de descaso.”

O que diz a SES

Em nota, a SES diz o seguinte: “A MNSL é uma unidade porta aberta, que recebe gestantes por demanda espontânea, reguladas e encaminhas, sejam elas de alto risco ou de risco habitual, apesar dessa última não ser seu perfil assistencial. Para melhoria de escala, a SES continua realizando o credenciamento de médicos obstetras, neonatologistas e pediatras, mas, não há adesão de profissionais nesse processo e também não há lista de espera”

A secretaria afirma ainda que existe outro agravante: “alto número de profissionais da saúde com atestados médicos prolongados e sem data para retorno, além de afastamento de gestantes e lactantes. A SES tem empenhado todos os esforços no remanejamento de outros profissionais da rede para a MNSL.  É importante salientar que todos os pacientes recebem assistência médica e atenção devida.”

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