Uma cirurgia inédita em Sergipe, que evitou a amputação de um dos braços de uma criança de dez anos de idade, foi realizada graças a o envolvimento de profissionais da medicina e do suporte oferecido pelo Ipesaúde, uma vez que a criança operada é dependente de um servidor público estadual. O fato ocorreu no último dia 22 de setembro num hospital da capital.
O garoto Davi Andrade Cunha tinha uma vida absolutamente normal até meados de abril de 2016, quando, a partir de uma queda ocorrida em casa, no município de Estância, onde reside, passou a sentir dores e a verificar um inchaço incomum no braço esquerdo. “A partir daí, marcamos uma consulta no Ipesaúde, onde ele sempre fez o acompanhamento pediátrico. Buscamos a análise de um profissional para saber o que estava acontecendo”, relata o pai de Davi, Valdemir Cunha Filho, que é policial militar há dez anos e, desde então, beneficiário do Ipesaúde.
Após a realização dos exames, foi diagnosticada a existência de um 'sarcoma de Ewing', um tipo de tumor musculoesquelético extremamente grave, e, de imediato, iniciado o tratamento quimioterápico. “Obviamente, todos nós fomos tomados por uma grande preocupação. O médico que iniciou o tratamento nos indicou a busca pelo doutor Adonai. Aí, tivemos a nossa esperança renovada, uma vez que a perspectiva era que meu filho tivesse o braço amputado”, descreve o pai.
Inovação Tecnológica
De acordo com médico especialista em Oncologia Ortopédica e Cirurgia de Ombro e Cotovelo, Adonai Barreto, que foi o responsável pelo procedimento, com a evolução técnica dos procedimentos cirúrgicos e da quimioterapia, muitos tumores musculoesqueléticos já podem ser tratados de forma menos lesiva para os pacientes, preservando membros que seriam amputados.
“Esse é um avanço sem precedentes do ponto de vista funcional e psicológico para os pacientes acometidos. É o caso do paciente Davi, um garoto que apresentou Sarcoma de Ewing, que é, geralmente, um tipo de tumor muito grave. Esse paciente foi submetido à ressecção de todo o úmero esquerdo acometido pela doença e reconstruído com uma endoprótese não convencional de úmero total, fabricada sob medida para o paciente”, detalha o médico.
Procedimento Pioneiro
Essa prótese, segundo o profissional, é produzida tomando-se em conta as medidas aferidas no próprio paciente e em seus exames complementares. “Tal procedimento foi o primeiro a ser realizado no eixo Sergipe/Alagoas e permite boa função do membro superior do paciente, resultado funcional aceitável em ombro e com plena movimentação de mão, punho, antebraço e cotovelo. Sem dúvida, é um avanço incrível para os pacientes sergipanos”, avalia o médico Adonai Barreto.
A sincronia de ações necessárias para o sucesso da intervenção também foi relatada pelo médico como um fator preponderante para a excelente recuperação do paciente que, hoje, já manipula objetos e inicia um processo fisioterápico de reabilitação.
“Na preparação para uma cirurgia dessa natureza, temos que calcular criteriosamente os aspectos relacionados à quimioterapia, uma vez que essa reduz a imunidade. Nesse contexto, a atuação do Ipesaúde nos procedimentos burocráticos foi fundamental para que pudéssemos agir na janela de tempo precisa para viabilizar a cirurgia. Além de compromisso com o beneficiário, isso também deixa claro que a gestão do Ipesaúde tem a visão estratégica de permitir a incorporação de adensamento tecnológico no tratamento oferecido aos seus pacientes”, afirma Adonai Barreto.
Fonte: Ascom Ipesaúde