ARACAJU/SE, 11 de julho de 2025 , 12:07:36

Com kits e chegada de pesquisadores, diagnóstico do zika será dado em 15 dias

A Secretaria de Estado da Saúde (SES) e o Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen), da Fundação de Saúde Parreiras Horta (FSPH), informou nessa quinta-feira (18), que, com a chegada dos kits de identificação do zika vírus, transmitido pelo Aedes aegypti, e com a vinda de pesquisadores de outros estados a Sergipe, o diagnóstico da doença, que era dado em cerca de 60 dias, agora será liberado em no máximo 15 dias.

 

Amostras já chegaram ao laboratório e, ao invés de serem enviadas ao Pará, como era feito anteriormente, o diagnóstico será identificado no Lacen, diminuindo o tempo resposta do resultado da doença, como explica Danuza Costa, superintendente do Lacen. 

 

“Recebemos os kits e já estamos em produção, em parceria com os pesquisadores. As amostras não serão mais enviadas para o Instituto Evandro Chagas, no Pará, pois as análises serão feitas no Lacen, que dará os diagnósticos. A nossa expectativa é analisar em média 40 amostras por semana, diminuindo o tempo de resposta da identificação da doença, que será fundamental para o controle e combate do zika, tanto como da dengue e do chikungunya. E com os pesquisadores e essa troca de experiência conseguiremos entender realmente o que está acontecendo em Sergipe”, disse.

 

Outros municípios

 

O microbiologista molecular, Paolo Zanotto, afirma que, além de Aracaju, o grupo de pesquisadores também irá a municípios sergipanos. Segundo ele, o estado está comprometido e treinado na luta contra o zika.

 

“Quando cheguei à Sergipe, fiquei impressionado positivamente com o comprometimento dos profissionais envolvidos e com o treinamento deles. Não viemos para ensinar e, sim, agregar. Vamos fazer um trabalho de estudo e diagnóstico, trocar experiências porque o problema do zika é assustador e preocupa o mundo. inteiro. Além de Aracaju, o grupo já foi a Itabaiana e irá ainda em outros municípios. Há dados e novas informações diárias e avaliamos todos os dias o resultado dos trabalhos”, disse.

 

Já o pediatra da Faculdade de Jundiaí, em São Paulo, Saulo Duarte, disse que Sergipe está com uma boa rede de regulação e os pacientes têm chego ao serviço de Saúde. “Chegamos para trocar conhecimento e experiência e iremos diagnosticar e identificar mais precisamente o zika vírus, que se tornou um problema mundial. Ao chegar a Sergipe e visitar a rede, vi que o estado tem uma boa rede de regulação e que os pacientes têm chegado ao serviço e recebido atendimento. Os protocolos também estão sendo seguidos e a nossa intenção é somar aos profissionais para juntos identificarmos o vírus em Sergipe”.

 

Durante a coletiva, o secretário de Estado da Saúde (SES), José Sobral, ressaltou a importância da chegada dos pesquisadores. “Será feito um estudo científico de qualidade e relevante para epidemiologia. Com o trabalho dos profissionais sergipanos e com o dos pesquisadores de outros estados, chegaremos a um diagnóstico mais rápido e preciso da zika. Estamos enfrentando um momento delicado e preocupante e temos que descobrir, de fato, tudo sobre o vírus”, declara.

 

MS

 

Para se ter uma ideia da expansão dos trabalhos, a coordenadora Geral dos Laboratórios do Ministério da Saúde (MS), Mariana Verotti, conta que até novembro do ano passado havia apenas 11 Lacen capacitados e equipados com insumos para identificar o zika, no entanto, hoje há 22, e o de Sergipe está entre eles.

 

“Conseguimos expandir os trabalhos rapidamente e hoje, estamos com 22 Lacen capacitados e equipados para identificar o zika vírus. Até novembro de 2015 eram 11. E o laboratório de Sergipe já está recebendo amostras e fazendo as análises e, por isso, em breve serão dados os primeiros resultados”, disse.

 

Juliana Moura/CS

 
 

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