Em junho do ano passado, o diretor-presidente do Ipesaúde, Christian Oliveira, propôs um desafio: ampliar a qualidade e a quantidade de atendimentos aos pacientes diabéticos no Centro de Promoção a Saúde Luciano Barreto Júnior. “A gente estava perdendo muitos pacientes, sem o devido cuidado e atenção, seja por falta de vagas, por falta de orientação adequada, ou seja, por falta de atenção. Nós detectamos um número enorme de pacientes descontrolados, por isso, era preciso agir e rápido”, informa o diretor-presidente.
Foi quando o Ipesaúde fechou uma parceria com o Núcleo de Endocrinologia, uma equipe multiprofissional capitaneada pela experiente médica endocrinologista, Karla Rezende. “O nosso primeiro passo foi fazer uma avaliação das ofertas instaladas para que a gente pudesse fazer uma proposta de melhoria. Então nós tínhamos um centro que só trabalhava no turno da manhã, e aí, nós ampliamos esse atendimento para a tarde, com o acréscimo de mais nove médicos a disposição dos usuários”, comentou a médica.
Outra providência foi inicio de um processo de capacitação do corpo de enfermagem do Ipesaúde, para que os profissionais pudessem trabalhar de forma multi e inter disciplinar para acrescentar na melhoria do cuidado. “ Não existe tratamento em diabetes que não seja embasado em educação. É uma doença crônica, ou seja, para a vida inteira. Tem que entender o que ela é, quais são as complicações caso o paciente não controle a sua doença, e nós vimos que existiam muitos descontrolados e já com algumas consequências como: amputações, as cegueiras, doenças renais e os infartos, por exemplo. Tudo isso tem que ser bem informado, por isso, fazemos a capacitação mês a mês.”, declara Karla.
A paciente Gisélia Santos aprovou todas as mudanças ocorridas no instituto. “ Frequento o Centro de Diabetes há dez anos e mudou muito. Basta eu chegar que as meninas, que são maravilhosas, me passam um monte de informação e de novidade. É bom porque as vezes a pessoa não tem conhecimento e fica com aquela vergonha de perguntar, eu agora já sei de tanta coisa”, diz.
Pesquisa e Acompanhamento
Entre os quase sete mil pacientes cadastrados no Centro de Promoção a Saúde Luciano Barreto Junior, 228 participam da pesquisa, que consiste no acompanhamento praticamente diário, através do contato direto. “ Apenas 23% dos pacientes estão bem controlados, é muito pouco, ou seja, dois terços dos nossos pacientes estão descontrolados e candidatos aquelas complicações crônicas.
Outro dado alarmante é que quase a metade dos pacientes já têm essas complicações e o pior, já estão com alguma lesão em algum órgão do corpo, em decorrência do diabetes, por causa desse descontrole. Por fim, 35% dos pacientes estão com complicações vasculares, ou já infartaram ou tiveram um AVC”, alerta a endocrinologista. O Ipesaúde disponibiliza medicamentos aos diabéticos e os pacientes são orientados também para conseguir através de uma parceria com a rede de farmácias populares.
Metas
O objetivo, agora é reavaliar estes 238 pacientes e ampliar o grupo para 500 pacientes por seis meses e um ano. “Vamos estabelecer, depois da reforma, o laboratório de feridas, com o espaço físico e corpo clínico para o paciente resolver o problema dele no próprio espaço do Ipesaúde. Além disso, a criação do laboratório para Diabetes Tipo 1, a Diabetes Juvenil que não existe aqui no Instituto e, por fim, criar o laboratório para tratamento de câncer de tireoide e o laboratório de diabetes gestacional para evitar complica no parto”, conclui Karla Resende.
O Centro de Promoção à Saúde Luciano Barreto Júnior é Uma unidade do Ipesaúde voltada à promoção de hábitos saudáveis, programas de educação em saúde e abordagem de enfermidades como o diabetes e a hipertensão arterial. O Centro possui endocrinologistas, cardiologistas, nutricionistas, psicólogos e assistentes sociais para adultos e crianças, especialistas em diabetes, cardiologistas, serviço de Enfermagem e demais profissionais para atendimento aos beneficiários . O centro funciona de segunda a sexta feira, pela manhã e pela tarde na praça Almirante Tamandaré no bairro São José.
Fonte: Ascom Ipesaúde