Um grupo de 10 médicos cubanos, que vai ocupar as vagas ociosas da segunda etapa do Programa Mais Médicos, chegou a Sergipe na tarde desta quinta-feira, 15. Eles foram recebidos no Aeroporto Internacional Santa Maria pela Secretaria de Estado da Saúde (SES), através da coordenadora Estadual da Atenção Básica, Áurea Torres; a referência do Ministério da Saúde para o Programa Mais Médicos em Sergipe, Rosana Apolônio; e a consultora da Organização Pan-americana de Saúde, Marta Maldonado Peres.
Os médicos irão para as cidades de Santa Luzia do Itanhi, Arauá, Ilha das Flores, Santo Amaro das Brotas, Gararu, Boquim, Nossa Senhora das Dores e Monte Alegre. “Estou muito ansiosa para conhecer o município onde vou morar. Do avião fiquei encantada com a beleza de Sergipe, e as pessoas são muito acolhedoras. Espero contribuir bastante para a saúde desse estado”, relata a médica cubana, Judite Oderarelo.
A coordenadora Estadual da Atenção Básica, Áurea Torres, falou sobre a importância da chegada desses médicos em Sergipe. “Essa é uma estratégia de fortalecimento da Atenção Básica, que é a porta de entrada de todo sistema de saúde, diante das dificuldades que os municípios passam para conseguir profissionais para compor o número de equipe da saúde da família. Em Sergipe, nós temos em torno de 90% de cobertura. São 631 equipes de saúde no Estado e este programa facilitou, e muito, a inserção e fixação desses médicos nos municípios”, relata.
Segundo Áurea Torres, os moradores têm aprovado o funcionamento do programa e a atuação dos profissionais. “A receptividade da população em relação aos médicos é muito boa, pois eles ajudam bastante no processo de trabalho que é desenvolvido nos municípios. No final, acabam fazendo parte da comunidade”, comenta.
A referência técnica do Ministério para o Programa Mais Médicos em Sergipe relata que a vinda dos médicos é um reforço fundamental para a saúde nos municípios, focando na Atenção Básica e na saúde da família. “Os profissionais cubanos são generalistas, o que significa que atendem criança, idosos, gestantes, e cuidam da epidemiologia. Ou seja, eles dão conta de todo o processo das famílias que estão no território da área que trabalham”, informa Rosana Apolônio.
Processo
Quando chegaram ao Brasil, os médicos cubanos ficaram durante 15 dias em Brasília, participando do módulo de acolhimento e avaliação sobre saúde pública, o funcionamento do Sistema único de Saúde (SUS) e língua portuguesa.
A aprovação nessa etapa de avaliação é condição para a emissão do registro profissional provisório pelo Ministério da Saúde, sem o qual os médicos estrangeiros não podem atuar no Brasil.
Além deste período na Capital Federal, os profissionais ficam em treinamento por uma semana nos estados onde vão atuar. Durante esse tempo, eles estudam as doenças mais comuns da região e conhecem a estrutura hospitalar e de emergência da rede pública.
Fonte: SES