Nesta quarta-feira (16), o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) ajuizou nova denúncia contra o ex-gestor do Hospital de Cirurgia, empresários e “laranjas” pelos supostos crimes de peculato, lavagem de dinheiro, falsidade ideológica e organização criminosa.
Segundo apuração do Gaeco, duas construtoras, MLP e VIP Construção Eirelli-ME, foram constituídas para prestar serviços à Fundação de Beneficência Hospital Cirurgia, porém, tais pessoas jurídicas, a despeito de possuírem contratos vultosos com a unidade hospitalar, não detinham patrimônio e estrutura compatíveis com a execução das obras avençadas.
Ainda conforme o Gaeco, seis denunciados, todos residentes em Nossa Senhora das Dores/SE, sucederam-se na qualidade de proprietários de pessoas jurídicas, como interpostas pessoas, a fim de dissimular a natureza, a origem e movimentação de valores ilícitos desviados da Fundação de Beneficência Hospital Cirurgia pelo Presidente da fundação à época.
O Gaeco afirma que as contratações se davam de forma direta, sem publicidade dos atos, sem comprovação de qualificação técnica (os “proprietários” não sabiam sequer o que significa ART (anotação de responsabilidade técnica), inexistente em todas as obras), sem a existência de projetos (por exemplo, estrutural, elétrico e hidráulico), sem cotação de preços, sem qualquer controle nos pagamentos.
O Gaeco constatou que, com o afastamento da diretoria da Fundação de Beneficência Hospital de Cirurgia – FBHC, e, em especial, depois da decretação da Intervenção Judicial na unidade de saúde, a empresa VIP Construção Eirelli-ME iniciou um processo de migração das atividades empresariais, passando a realizar obras de construção civil no município de Nossa Senhora das Dores, localidade em que um dos denunciados detém enorme influência política e econômica.
Com informações da assessoria de imprensa.