ARACAJU/SE, 19 de abril de 2024 , 1:50:21

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A falsa ideia da liberdade individual contra a saúde coletiva

Lamentável se assistir no Brasil a disseminação da falsa ideia da liberdade individual que ameaça a saúde coletiva através de uma portaria de um ministério do Executivo federal que reforça as posições negacionistas e contra a vacina, seguindo a cartilha do seu chefe.

Um exemplo da importância de uma vacina pode ser lembrado pela luta no mundo inteiro como a luta contra a pólio, campanha vitoriosa no Brasil e em quase todo o mundo, graças a ação do Rotary Internacional, instituição que me orgulho de pertencer.

Será que o Dr. Sabin estava errado? Será que os clubes de Rotary do mundo inteiro estavam errados?

A resposta é não. Exigir que todos os trabalhadores se vacinam é mais que uma simples campanha de saúde pública, é questão de cidadania, de respeito aos outros, de não permitir que a ignorância e a obscuridade sejam os nortes que levarão as pessoas para a morte.

O discurso do ministério do trabalho é panfletário e mentiroso quando alega defender o emprego dos trabalhadores e o dogma da liberdade individual como se nós estivéssemos no século XVIII. Estamos no século XXI, os direitos fundamentais evoluíram e há muito vivemos o respeito aos direitos coletivos. Pensar diferente é retroceder na história dos direitos fundamentais. E outras palavras é a mais pura ignorância.

A portaria do ministério do trabalho ofende a Constituição e o direito coletivo à saúde, mas também se interconecta com o direito à vida, pois esta com certeza será ameaçada. E qualquer pessoa mediana se perguntada sobre que direito tem preponderância: se o da liberdade ou o da vida, não tenho dúvida que a resposta seria o direito à vida. Pois sem a vida não há liberdade alguma.

O descalabro e o disparate com que se vem incutir nas pessoas mais simples de que a vacina pode ser apenas uma opção como se fosse torcer por um time de futebol ou outro. Isto é a maior burrice, ou pior, um crime premeditado contra a coletividade.

A sociedade brasileira não pode aceitar que se brinque com a saúde de todos, sob pena de todas as conquistas que o mundo civilizado atingiu sejam atiradas ao lixo da história e em seu lugar se coloque o obscurantismo e o autoritarismo, lembrando aqui a idade média, também conhecida como a “idade das trevas”.

O discernimento e o respeito ao coletivo é a luz que nos livrará das trevas.