ARACAJU/SE, 18 de abril de 2024 , 12:28:06

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Acho que pirei! Será?

Dia desses eu estava vendo uns vídeos, dentre os milhares que chegam nos zilhares de grupos de triquilhões de amigos whatsappianos, onde somos inseridos de forma democrática por livre e espontânea pressão. Uma realidade bastante objetiva: quem tenta escapar do grupo é inserido em mais dez. Sacanagem! É a vingança dos que foram ‘largados ao léu’.

Mas, deixando para trás (traz com Z é verbo, viu!?) os grupos e as vinganças, voltando ao fulcro textual, deparei-me com um vídeo interessante, mostrando um senhor que aperta uma garrafa de café pensando ser um invólucro de álcool em gel. O susto causado pela alta temperatura produz boas gargalhadas. O inusitado cômico faz bem. Só não foi bom pra quem se queimou. Aliás, nunca há graça para quem passa pelo fato cômico como protagonista.

Enfim, o que me chamou a atenção foi o fato da ‘vítima do café’ estar na paranoia social causada pela pandemia chinesa. O álcool 70º (líquido ou gel) virou artigo de luxo, de sobrevivência. Vale mais do que ouro puro de Ofir (exagerei não, né?). É que essa situação pandemoníaca toda criou grilos, gafanhotos, zumbidos, ruídos…eitaaaa! Tá todo mundo pirado…kkkkk…É um verdadeiro elogio à loucura, ao pânico, ao lúgubre, ao insano…Meu Deus!!!

Até o cara do acarajé, o baiano do Vixi Mainha, Val vendedor de galetos, pirou. Fidapé! Cansado de estar à beira das brasas, assando coxas e sobrecoxas de penosas, o bom baiano, casado com Gal (Val e Gal, soa poético!), comprou um copinho de açaí, bem gelado e carregado de acompanhamentos. Na hora de degustar, o nosso herói nem tirou a máscara, manchando-a do creme adocicado do Norte. Foi muita pagação, véi! Mais uma vítima do coronavírus (tudo agora é culpa dele mesmo!).

Não tem jeito! Ficamos à mercê do medo, dos devaneios, dos temores e dores que aos céus já não se foram (lembrando a ‘Canção da Torre mais alta’, de Rimbaud). Estou neste exato instante com as mãos na cabeça, desesperado, sentindo-me assaltado por um ser invisível, que se apoderou das nossas vidas. Que peste é isso, chinesa!?

-Peraê, como posso estar om as mãos na cabeça, se estou escrevendo esta crônica? Oxee, e tô doido, é? Vou ver os grupos!