Dia desses eu estava lembrando que a belíssima Aracaju (poderia estar melhor se houvesse avanço em vários setores, mas tudo bem), esta morena linda que anda descalça pela praia e tranças ao vento fará, no dia 17 de março, 165 que nasceu. Já partilhei de algumas décadas na vida dessa aniversariante linda, que se confunde com a minha própria vida, com a minha história. Afinal de contas, a história de nossa menina se entrelaça com a dos aracajuanos, visitantes e adotados de coração e alma.
Aqui mesmo nesta Coluna, já publiquei relatos da minha infância, a exemplo do barulho do trem que, saudosamente, passava na Avenida Rio de Janeiro. Os trilhos AINDA (não se sabe até quando) estão lá, gerando uma linha imaginária entre o presente e o passado. Ora, na publicidade, todo mundo sabe que o que não é visto não é lembrado. Os trilhos estão lá, trazendo à tona tempos de uma Aracaju faceira, de rostos conhecidos e afáveis.
Um outro lugar bastante interessante na nossa Pequena e Bela é a Ponte do Imperador, que muitas vezes, sofre pilhérias e brincadeiras de mau gosto por parte dos desavisados que teimam em dizer que o referido monumento é a única ponte do mundo que não liga dois destinos (razão de ser das pontes).
Eu, com minha mente devoradora de pilhérias e desconstrutora de superficialidades (acho que tô me ‘achani’), destaco que a Ponte do Imperador é o único constructo do universo que liga o presente ao passado.
– Alguém já inventou algo parecido, pelo menos?
– Não!
– Ah, tá, obrigado!
Nessas minhas andanças pela cidade (sou privilegiado por conhecer cada canto dessa morena topada), descobri jeitos de ser, linguagens, olhares, suspiros e desejos das pessoas. Assim, a cada dia, fico mais apaixonado e deleitado por ser aracajuano e, sobretudo, aproveitar bem o que esta Cidade Diamante me oferece: uma culinária rica; um povo caloroso; uma prosódia própria; uma identidade cultural top five nacional; gente boa pra falarmos bem; gente não tão boa pra falarmos mal (a fofoca resiste em tempos de fake News).
Mesmo a estima não sendo tão lá nas alturas (como é a do povo de Itabaiana. Tiro o chapéu e a roupa toda pra isso!), parece que estamos vislumbrando um caminho diferente de autovalorização do que é nosso. De fato, Aracaju merece seu lugar de destaque como cidade que tem qualidade de vida e acolhimento para quem chega.
Em suma, parabéns, minha linda morena Aracaju. Minha homenagem a você é carregada de amor. Declaro em alta voz que sou apaixonado por você, minha Aracaju deliciosa. Só quem te conhece é quem pode dizer o quão você é grandiosa, bela, faceira e apaixonante. Que se multipliquem aqueles que te amarão profundamente. E que sumam aqueles que não gostam ou sentem inveja de você.
Um cheiro, coisa linda!