E aí, galerinha ligada, antenada, abduzida e linkada na Língua Portuguesa! Tudo beleza? Somente no primeiro período aqui exposto, já brinco com duas coisas gostosas de lidarmos na gramática: o Neologismo e a Ortografia. A primeira ‘coisinha’ trata da criação de palavras (o brasileiro é extremamente hábil no neologismo); a segunda diz respeito à escrita de palavras com S e com Z. Vamos explorar.
Lembro-me como se fosse ontem (ou anteontem…não sei), em 1990, Antônio Rogério Magri, o então ministro do Trabalho e da Previdência do extinto governo Collor, declarou que “O plano era IMEXÍVEL”. OH, CÉUS!!! Seria uma derivação parassintética (não se podem retirar os afixos)? Seria um caso extraterreno de linguagem abrupta?
Nada disso, era apenas um político de alto escalão (tem gente que fala palavras de baixo calão e pensa que são de baixo escalão…rsrsrsr) criando um novo termo na Língua Portuguesa. Eis um caso clássico de Neologismo no Brasil. O ministro havia criado uma nova palavra. Claro que devemos levar em consideração o alto posto do bendito Magri. Isso foi fundamental para os dicionários, no ano seguinte, já inserirem o termo nas suas páginas verborrágicas.
Mas, se prestarmos um pouquinho de atenção, perceberemos neologismos em todo canto. Os baianos de Salvador, por exemplo, não gostam muito de pronunciar palavras terminadas em U (dizem que não gostam da rima…). Por exemplo, Aracaju virou Aracajives. É isso mesmo. Aratu é aratives. E assim segue a saga… Vou rir…rsrsrsr
É com S ou com Z?
Eita sonzinho pra dar trabalho ortográfico esse tal de zê. O bicho pode ser representado por S (inglesa), Z (Zinco) ou X (eXato). Vou apresentar três situaçõezinhas para que você nunca mais se confunda:
Uso de S
- Nas palavras que indicam origem:
Exemplo: Portuguesa – Norueguesa – Japonesa
Agora você já sabe o porquê de calabresa se escrever com S (indica origem da Calábria, na Itália).
- Nas palavras que indicam gênero feminino:
Exemplo: Princesa – Duquesa – Baronesa
Cadê a princesinha linda do papai?!
Uso de Z
- Nos substantivos abstratos derivados de adjetivos (qualificadores):
Exemplo: Destreza (vem de destro) – Esperteza (vem de esperto) – Certeza (vem de certo).
Para quem gosta do amigo cãozinho, o pequinês se escreve com S no final porque vem de Pequim. Ele é pequeno porque é dotado de pequenez. Entendeu?
Tem mais: um minuto romântico
Se você vai escrever que está afim de alguém, por favor, não separe o a do fim. É tudo junto. Agora, se você substitui a locução a fim de por para, então separe o a do fim.
Por exemplo: Estou afim de conversar com minha vizinha. Esse afim é junto.
Outro exemplo: Vamos nos mobilizar a fim de que possamos mudar o contexto do país. Esse a fim é separado. Viu como é fácil
Hoje eu fico por aqui. Até a próxima semana!