ARACAJU/SE, 20 de abril de 2024 , 12:22:04

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Aracaju morena fez aniversário!

Dia desses eu me peguei olhando pros oitizeiros da Avenida Rio Branco (mais conhecida como Rua da Frente) e imaginei o quanto de histórias aquelas árvores testemunharam ao longo dos anos. E como se cada oiti fosse um fato na recente história de Aracaju.  Mas não é sobre os oitis o texto de hoje. É sobre mudanças.

Todo mundo sabe que, nesta vida, a única certeza são as incertezas. As mudanças são aquilo que mais acontece conosco. E o pior de tudo é que ainda nos surpreendemos quando as coisas mudam. Pela experiência, deveríamos estar acostumados com o vaivém das ondas que, às vezes, insistem em nos afogar, em outras nos lançam para frente, como um surfe desprovido de responsabilidade.

Falando em mudar, aproveitando a filosofia existencialista com vistas às mudanças, quero falar sobre dia 17 de março, data em que se comemora a mudança da capital de Sergipe, que era São Cristóvão e passou a ser Aracaju, fato ocorrido em 1855.

Repentinamente, um simples vilarejo de pescadores passou a ser uma capital, uma cidade planejada, com ruas em forma de tabuleiro, com perfeita simetria e futuro promissor. Da ladeira do Santo Antônio, descia a energia necessária para fluir o crescimento e a serenidade de um povo a viver nesta cidade morena faceira, beirada por oitis e brisa inigualável.

Sim, Aracaju cresceu às margens do Rio Sergipe, com siris e banhos a alentar o povo. A Praia? Veio bem depois fazer parte da alegria cotidiana. O bom era o rio. Perguntem à história de Zé Peixe! Ela responde na hora!

O tabuleiro se expandiu, multiplicou-se em ruas e avenidas, com sinuosidades e, às vezes, deselegâncias. Mas houve expansão. O tom de cidade pequena, mas que tem tudo, faz de Aracaju uma joia de raridade rara. Entendeu ou não entendeu?

Ah, e o povo? Miscigenado de tudo quanto é lugar, a nossa morena faceira abraça a todos sem distinção, como se estivesse recebendo para um café com cuscuz, ovo e carne do sol. Isso não tem preço. Fale aí se não é bom demais viver aqui! Parabéns, Aracaju, menina morena, flor primeira do meu jardim.