ARACAJU/SE, 23 de abril de 2024 , 15:03:17

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As boas e más notícias

As boas notícias são os resultados de quase todas as vacinas com relação as variações do coronavírus, onde a cepa mais resistente tem sido a encontrada na África do Sul. Do ponto de vista da imunização das pessoas isto é muito satisfatório.

A velocidade da vacinação tem relação direta com a redução do número de infectados e do agravamento da doença nas faixas etárias já vacinadas, em especial os idosos, o número de mortes e infectados dos maiores de 60 anos tem caído no mundo inteiro e no Brasil não é diferente.

Esperamos que o nível de imunização cresça bastante e aí poderemos começar a pensar em um retorno ao tempo anterior ao da pandemia.

As más notícias é que o nosso país ainda não conseguiu imunizar com duas doses nem 12% da população acima de 18 anos, e pelas previsões mais otimistas,  não conseguirá fazer isto antes do início de 2022.

O ritmo lento da vacinação é resultado de uma falta de planejamento desde o início, assim que as vacinas passaram a ser concretamente possíveis com a da Pfizer e da Coronavac, e não entrarei na questão que ainda se arrasta do negacionismo governamental, porém sem a força para impedir que a vacinação seja um objetivo desejado pela sociedade brasileira que já não acredita que vai virar jacaré.

A dependência de insumos de outros países, especialmente o IFA, utilizado tanto pelo Instituto Butantan como pela Fundação Oswaldo Cruz, tem impactado a entrega das vacinas ao Programa Nacional de Imunização, criando uma grande expectativa nas pessoas que já tomaram a primeira dose das vacinas Coronavac e da Astragênica.

Não bastasse esses problemas já identificados, temos o problema da educação do povo brasileiro, com a desajuda de algumas autoridades, que defendem o não uso da máscara e a aglomeração, essenciais para o eficaz combate da pandemia.

As UTI’s continuam lotadas de pacientes de COVID-19 e a fila de espera não baixa em nenhum estado. Por isso, além da imunização, as medidas não terapêuticas, como o uso de máscara, o distanciamento social e a limpeza frequente das mãos com água e sabão ou álcool em gel, são indispensáveis.

Vamos vencer o coronavírus e, com certeza, poderemos aprender com a pandemia algumas lições como a responsabilidade que cada um tem para com o coletivo, o uso das máscaras é o grande exemplo. A solidariedade, pois em tempos de circulação restrita e de atividades econômicas suspensas, fez renascer na sociedade que temos que ser solidários com os que perderam o emprego e com isso não tem como sobreviver sem o auxílio do estado e da sociedade.

A doença vem matando os mais pobres, mas não escolheu somente estes. Atingiu lares de todas as classes sociais, de todas as profissões e mesmo os que tem acesso aos melhores hospitais sucumbiram pela doença.

Quando estamos beirando os 500 mil mortos, que cada um pense na importância de cada vida perdida, sem falar nos milhares que terão que enfrentar uma longa batalha por causa das sequelas da infecção.