Dia desses eu fui abastecer o meu possante a fim de pegar a estrada para mimistar aulas de Literatura em Lagarto. Tomei um susto quando, através da janela do carro, vi que o preço da gasolina chegara a R$ 7,00.
– Ei véi, tá mais cara do que Coca-Cola, interpelei o frentista, que me respondeu:
– A zero ou normal?
Fiquei atônito com a resposta. Não sabia se ria ou chorava. Mas percebi que a frase fora liberada na mais pura ingenuidade. E foi mesmo.
Quantas vezes falamos o que não queremos simplesmente porque não paramos para pensar no que iremos dizer? Claro que não foi nada demais o que ouvi. Porém se eu já estivesse me sentindo magoado com alguém ou alguma coisa, certamente essa resposta teria um peso maior.
Bem assim acontece no dia a dia. Os ruídos na comunicação interpessoal acontecem quando estamos com algum tipo de “desvio” emocional, seja mágoa, seja raiva, seja ciúme, seja inveja. Qualquer tipo de alteração emocional tem incidência sobre o entendimento ou não de uma mensagem.
Só para lembrar: no processo de comunicação, existem seis elementos. Há emissor, receptor, mensagem, código, canal e contexto. Se um desses elementos for desconhecido do receptor, não haverá comunicação.
Contudo existe um fator importantíssimo nesse processo: o ruído, que nada mais é que uma interferência que impede a comunicação de ser efetivada, ou seja, a mensagem não é transmitida, efetivada (realizada com sucesso).
Quantas vezes nos pegamos entristecidos, magoados até, e tiramos conclusões erradas de situações que vemos ou palavras que ouvimos? Muitas! Por isso, preste atenção, é deveras importante que nosso senso de “julgamento” seja deixado de lado. Dessa forma, não seremos juízes nem sentenciadores.
No fim de tudo, perceberemos que LEVEZA é o princípio para vivermos melhor e entendermos as mensagens que nos são passadas. Pense nisso?