ARACAJU/SE, 18 de abril de 2024 , 16:26:59

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Sobre protagonismo

Dia desses eu estava relendo alguns papéis velhos, os quais já necessitavam ter um encontro pessoal com a lixeira. No meio do escarcéu papelográfico, deparei-me (que ênclise linda!) com  uma apostila de um dos trilhões de cursos que já fiz na vida. Essa reunião de saberes voltados ao crescimento pessoal, deveras expresso em forma de cartilha de gestão, fez-me voltar no tempo e criar nova reflexão. Agora, um pouco diferente do tempo do estudo.

O assunto tratado na invólucra apostila levava a uma motivação constante para exercer papel de protagonista, a todo instante, em todos os aspectos, em todos os lugares. Quando você entra no fluxo motivacional combustibilizado (neologismo, papai) por mantras de superajuda, ninguém segura o peão…Mô fio, a pessoa motivada parece um sapo em disparada atômica após receber uma dose de gasolina com injeção nas costas (eita brincadeira sem graça que a gurizada fazia antigamente. Pobre sapinho!). Assim me senti. Assim disparei.

Com o passar do tempo, a gasolina vai acabando, você vai percebendo que protagonista o tempo todo só os Vingadores da Marvel. E  olhe que alguns viraram vilões! Não dá pra fazer gol em todo jogo. Pelé não fazia, quem sou eu? Apesar de que jogo mais do que Pelé.

– Saudade das peladas aos sábados, né, meu filho?

– É papai!

Voltando ao protagonismo, não da pra ser “O foda” em tempo integral. Muitas vezes, precisamos ser a pessoa que levanta a bola pro outro cortar (vôlei). Demorei muito, mas entendi que o protagonismo verdadeiro reside na capacidade que cada pessoa tem de tirar o melhor do outro. SIM! A harmonia da convivência e do trabalho bem conduzido vai gerar protagonismo natural a TODOS!

Não sou flamenguista, mas não posso deixar de exaltar o trabalho que o Clube de Regatas do Flamengo vem fazendo dentro e fora de campo. O time joga nos moldes de uma orquestra sinfônica bem regida. O maestro Jorge Jesus sabe tirar o melhor de cada atleta. E aí, Mô fio, quando o individual some, o coletivo aparece.

Já imaginou uma comida onde um único ingrediente aparece protagonizando o prato, um único sabor ressaltado? A harmonia do que vai na panela faz a boca encher d’água.

Então, Zé Oreba, protagonizar é compor algo que cumpra o objetivo. Aparecer…São outros quinhentos!