ARACAJU/SE, 25 de abril de 2024 , 8:02:41

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Sub-variantes da Ômicron e nova onda de Covid-19

Uma nova variante da ômicron, batizada de BA.5, está provocando na Europa uma nova onda da epidemia de COVID-19.

Na França houve um aumento de mais de 250% de casos, de 180 por 100 mil habitantes em maio, para 480, o que corresponde a média de 40 mil casos diários, e tem aumentado o número de hospitalizações.

No Brasil, com o relaxamento das medidas preventivas, as aglomerações em eventos de massas como as arenas esportivas e as festas populares, como o carnaval e os festejos juninos, somados com a total falta de campanhas para que as pessoas completem o esquema vacinal, com as doses de reforço inclusive, corremos o risco muito grande de também passarmos a ter um aumento considerável de casos diários.

É indispensável que a população se sinta encorajada e estimulada a cumprir o esquema vacinal, principalmente os idosos e todos os que já estão aptos para receber as doses de reforço. A proteção da vacina aumenta com a administração das doses de reforço impedindo as consequências mais graves no caso de infecção, inclusive hospitalização e óbitos.

Concretamente os números já vem aumentado tanto de casos como óbitos, enquanto a vacinação segue lentamente e conta com o silêncio do ministério da saúde que segue a orientação do governo que manifestamente sempre se posicionou contra a imunização, só o fazendo em razão da maioria da população ter se manifestado cobrando o governo, e pela judicialização do tema.

O mais impressionante é que o presidente da república, mesmo com todas as evidências científicas de que os remédios que ele fez propaganda são ineficazes, continua a defender esses remédios e a divulgar que não se vacinou, incentivando com o seu comportamento os seus seguidores que são contra a ciência e contra as vacinas, promovendo aos borbotões notícias falsas sobre um tema que pode levar as pessoas à morte.

É preciso que as autoridades de saúde do país, do ministro da saúde aos secretários municipais de saúde, possam cumprir os seus papéis na defesa da saúde dos brasileiros e brasileiras, sob pena de estarem cometendo improbidade administrativa pois se trata de dever e não de favor ou qualquer outra coisa que valha.

O ministério público deve ficar atento aos atos desses administradores públicos que, por meio de um discurso disruptivo, tentam descumprir os seus deveres e obrigações para atender sentimentos pessoais e por razões ideológicas contrariamente ao que está obrigando em face da Constituição e das leis do país.