Dia desses eu estava trocando uma ideia com meu amigo X-Man Charles Xavier (engenheiro eletricista que mora na Europa) e falávamos sobre os sonhos (mais parecidos com devaneios) que os brasileiros têm de morar fora do país sendo os Estados Unidos e o Velho Continente os destinados mais desejados.
Charlie Brown discorria sobre como alguns desses sonhos são transformados em pesadelo quando a realidade bate à porta dos desejosos viajantes. Subempregos, restrições, desconfianças…a vida não se mostra essas mil maravilhas. A experiência de uma vivência fora do país é muito válida. Mas até que ponto?
Enquanto o sol a pino abre o encanto de um céu azul Brasil a fora, no hemisfério Norte o gelo come no centro (igual à pancadaria que vem rolando na Praia da Cinelândia e em Shoppings de Aracaju. Eita moda besta!). Jogar tênis? Esqueça. Correr no parque? Já era. Praia? Sai pra lá.
– Ah, André, mas tem emprego, paga em Euro, dá pra aprender outras línguas…
– Dá, é? Sei…
Isso sem falar que brasileiro ainda sofre preconceito. No caso do meu brother, deixar a barba crescer foi motivo pra ser confundido com árabe. Até falar em Português gera desconfiança. Na verdade, existe uma boa diferença entre turistar e morar fora. Quando Se tem dinheiro pra gastar com raves and souvenirs, o tratamento é um. Pra virar cidadão… a conversa é outra.
É aí que você descobre que, por mais que seu país tenha problemas (e tem mesmo), é o seu país, é sua terra, sua casa. É onde você se vira, tem o calor humano sem igual, perrengues e saídas que não existem em nenhum outro recanto.
Você pode até estar torcendo o bico pra minha verborragia. Mas não ligo. Brasil é Brasil. Top, sem igual. E se considera que lá fora é melhor…vá lá! A China te recebe!