ARACAJU/SE, 9 de outubro de 2024 , 18:30:54

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Açaí gera mais de R$ 3 bilhões para o Brasil

Seja como sorvete, sobremesa, sucos, frapês, preparações salgadas e até mesmo como acompanhamento para os mais variados pratos, o açaí, graças à sua versatilidade, caiu de vez no gosto, ou melhor, no paladar dos brasileiros. Prova disso é uma pesquisa da Federação das Indústrias do Estado do Pará (Fiepa) que diz que entre os anos 2012 e 2022 houve um crescimento de 15.000% na comercialização do fruto, que graças a isso ficou conhecido globalmente como o “embaixador da Amazônia”.

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, no ano de 2021, o valor da produção foi fechado em R$ 5.305.523 mil. E a quantidade produzida foi de 1.485.113 toneladas em uma área de 208.111 hectares. O maior produtor de açaí do Brasil, hoje, é o estado do Pará que, inclusive, não só atende o mercado interno, mas também representa mais de 94% das exportações para o mundo todo, passando de 41 toneladas (2011) para 5.937 toneladas (2020), sendo que somente entre 2019 e 2020, tal alavancagem ultrapassou a casa de 50%.

Isso significa o seguinte: o que há pouco tempo era restrito à nutrição amazonense, vem ganhando destaque nas demais regiões do país. E um exemplo desse favoritismo é a recém-nascida Kiloton Amazônia, que apostou na pura polpa para inovar. Mal a ideia saiu do papel, quem está à frente do projeto garante: deu certo!

O “ouro roxo” surgiu da mente de cinco irmãos paranaenses – Áureo, Ivan, Angélica, Marcia e Josenia Bordignon. Tudo começou com Ivan, o primeiro a ter contato com o fruto nos anos 1980. A família então, ao visitá-lo no Norte, sempre consumia o açaí na sua forma natural, mas quando retornava ao Paraná, se quisessem consumir açaí, o jeito era “aceitá-lo” na forma doce, com muito açúcar, corantes, xaropes, estabilizantes, conservantes, emulsificantes e gorduras trans. “E isso, com o tempo, passou a nos incomodar. Afinal, da forma ‘asorvetada’, apesar do açaí ser um superalimento, ele deixa de ser saudável e pode se tornar até prejudicial, principalmente para quem já sofre de algum problema de saúde”, explica Áureo Bordignon. “Então, foi pensando em ajudar pessoas com comorbidades e ainda ser útil para os esportistas e aqueles que querem se manter em forma, abrindo mão da química e da sacarose, é que identificamos esse nicho de mercado”.

 

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