ARACAJU/SE, 9 de outubro de 2024 , 10:55:39

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Advogado mata a mãe e o cão após família descobrir que ele abusava de um adolescente autista

 

O advogado Thiago Felipe de Souza Avanci, de 39 anos, matou a mãe, o cachorro e tirou própria vida na noite de terça-feira (17). O crime foi cometido após a família descobrir que ele estuprava um adolescente de 17 anos, que é autista. Thiago era professor de Direito e Secretário de Modernização e Transformação Digital em Guarujá (SP), cargo do qual foi exonerado no dia dos assassinatos, segundo publicado no Diário Oficial do município.

Segundo a apuração da TV Tribuna, afiliada da Globo, Thiago Avanci foi encontrado morto com a mãe, Sueli Nastri De Souza Avanci, de 72 anos, e o cachorro. Todos estavam no quarto da idosa, sendo que ela tinha uma marca de tiro na cabeça, assim como o filho. O animal não tinha lesões aparentes.

O autor do crime morava em uma edícula no terreno de Sueli, que vivia na casa à frente com o neto, vítima dos estupros, no Balneário Praia de Pernambuco, em Guarujá.

A morte da mãe, do cachorro e do próprio Thiago aconteceram no mesmo dia em que um mandado de busca e apreensão foi realizado na casa dele, em decorrência de um boletim de ocorrência (BO) registrado pelo irmão e a cunhada.

Descoberta dos estupros

A equipe de reportagem apurou que há aproximadamente 15 dias o adolescente, vítima dos estupros, relatou à psicóloga que sentia dores na região do ânus, o que chamou a atenção da profissional e dos pais do adolescente.

Passados alguns dias, Thiago entregou ao pai do menino um envelope com alguns documentos passando o carro para o nome do parente. Junto, foi enviado um pen-drive, que foi pedido de volta, mas não sem antes acessar o conteúdo.

Entre os arquivos foram encontrados vídeos do autor do crime estuprando o adolescente, o que, com base nas datas dos registros, já acontecia há pelo menos um ano.

Denúncia

O casal levou o caso à Delegacia de Defesa da Mulher (DDM), onde um boletim de ocorrência de estupro de vulnerável foi registrado.

A Polícia obteve na Justiça um mandado de busca e apreensão e apreendeu um revólver em um dos imóveis, que não foi informado. Thiago não estava em casa, mas compareceu mais tarde para prestar depoimento e entregou outra pistola. Ele foi liberado e horas depois cometeu os crimes.

O caso foi registrado no DP Sede de Guarujá como homicídio e suicídio consumado. Os policiais também apreenderam quatro celulares de Thiago, um notebook, um pen-drive, um revólver, uma adaga e munições.

A reportagem entrou em contato com a Prefeitura de Guarujá, mas não teve respostas.

Fonte: G1

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