Da redação, AJN1
O presidente da Sociedade de Anestesiologia do Estado de Sergipe, Milton Simões, alertou as autoridades nesta quinta-feira (28), por meio de um vídeo gravado dentro da farmácia do Hospital de Urgência de Sergipe (Huse) e enviado à TV Sergipe, sobre a possibilidade de um futuro desabastecimento de três medicamentos que são utilizados no momento em que o paciente é intubado nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI’s).
De acordo com o presidente, em todo o mundo, está havendo falta dos medicamentos em virtude do alto número de pacientes infectados pela covid-19 e que estão sendo internados em UTI’s. Ainda segundo o dr. Milton, por enquanto, ainda há essas substâncias na farmácia do Huse, mas ele alerta que, se não for reposto, irá faltar.
“Alguns remédios utilizados em pacientes de UTI estão acabando. Devido ao grande número de intubações atualmente, talvez o uso em excesso no mundo tenha feito com que esse medicamento chegasse a começar a suprimir no Estado. Recebemos alerta de alguns laboratórios. São substâncias que servem para bloquear o sistema neuromuscular e manter o paciente sedado durante o processo de intubação. Na farmácia do Huse, por enquanto, há abastecimento, mas com risco de desabastecimento futuro se não for reposto o estoque. Fica o alerta”, avisa o anestesiologista.
Milton também recomenda que as cirurgias que podem ser adiadas, mais do que nunca, devem ser remarcadas até que a pandemia tenha a sua curva em declínio, “sob o risco de termos de pagar por isso um pouco lá na frente. Não sabemos se alcançamos o pico da doença e já estamos buscando alternativas”, conclui.
O que diz o Governo
Sobre essa questão, o governador do Estado, Belivaldo Chagas, disse que a falta de equipamentos e insumos sempre foi uma preocupação, e que, inclusive, se reunirá, na tarde desta quinta-feira, com técnicos da Secretaria de Saúde para fazer um levantamento sobre todas as necessidades. “O depoimento do dr. Milton é um alerta, não me consta, neste momento, que a gente tenha falta desses medicamentos. Temos trabalhado via conferência, por telefone, mas decidi fazer essa reunião presencial com os técnicos para repassar todos esses números e corrigir”.