Da redação, AJN1
Aracaju faz 168 anos nesta sexta-feira (17). A fundação da cidade ocorreu em 1855, quando Inácio Joaquim Barbosa assinou a resolução transferindo a capital da província de Sergipe Del Rey de São Cristóvão para Santo Antônio do Aracaju, povoado de pescadores à margem do rio Sergipe.
Durante 250 anos, a capital da província de Sergipe foi São Cristóvão, mas por conta da distância com relação ao mar, existia dificuldade no escoamento de produtos via fluvial, já que os grandes navios não conseguiam navegar no rio da cidade, e essa era a grande reclamação dos senhores de engenho.
Inácio Barbosa assumiu a província quando a capital ainda era São Cristóvão. Durante o ano de 1854, a Câmara de Deputados Provinciais se revoltou porque o presidente da província passou a fazer reuniões fora do núcleo de São Cristóvão.
O Povoado Santo Antônio do Aracaju tinha inúmeros problemas. A água não era boa, era uma área insalubre, tinha muito pântano, mangue e lagoas. É tanto que houve epidemia de febres que foi chamada de ‘febres do Aracaju’ e muita gente morreu, inclusive Inácio Barbosa. Ele mudou a capital em março e em outubro morreu de febre.
Aracaju foi a segunda capital planejada do Brasil, a primeira foi Teresina em 1852. Mesmo com a morte do presidente da Província de Sergipe Del Rey, Inácio Barbosa, o engenheiro Sebastião Pirro contratado para planejar a cidade deu continuidade ao projeto.
A Praça General Valadão, antes chamada de 24 de Outubro, é o marco zero de Aracaju. No Santo Antônio era um tipo de residência, mas a ‘cidade quadrilátero’ planejada por Pirro foi da praça em diante. Na praça foi construída a Alfândega, que hoje é o Centro Cultural, também foi construído um prédio para a polícia e daí em diante a cidade passou por um processo de desenvolvimento, com a construção de prédios, Palácio de Governo e foi crescendo.