ARACAJU/SE, 24 de abril de 2024 , 14:58:54

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Auxílio emergencial atenua impacto sobre a economia sergipana em 38,7%

Nesta segunda-feira (3), o Laboratório de Economia Aplicada e Desenvolvimento Regional (Leader) da Universidade Federal de Sergipe (UFS) divulgou uma nova simulação dos efeitos da pandemia da covid-19 na economia sergipana, referente ao mês de abril. A análise, realizada no âmbito do projeto EpiSergipe, estima que a retirada dos trabalhadores informais e a queda observada do emprego gerariam um custo econômico no mês de abril de R$648,5 milhões para a economia sergipana.  Com o auxílio, o impacto foi de R$ 398,3 milhões, ou 38,7%.

De acordo com o coordenador do Leader, professor Luiz Carlos Ribeiro, além do auxílio emergencial, a simulação leva em conta a retirada de trabalhadores informais, a queda do emprego formal observada no estado, e a média do índice de isolamento social.

A estimativa, sem considerar a política compensatória, é de um custo de R$ 648,5 milhões em abril, o que representaria 2,4% do PIB (Produto Interno Burto) de Sergipe. Com o pagamento da primeira parcela do auxílio, o impacto é minimizado para R$ 398,3 milhões, o que significaria 1,5% do PIB. Nisso, a redução é de 38,7%.

“A principal explicação para essa redução é que o auxílio emergencial garante um consumo mínimo ou de subsistência para as famílias mais pobres e trabalhadores informais o que, por sua vez, estimula a economia,” ressalta o pesquisador da UFS.

Beneficiados

Em Sergipe, conforme dados do Ministério da Cidadania, 731.721 pessoas (31,7%) foram beneficiadas com a primeira parcela do auxílio. Mais da metade desses beneficiários (52,4%) já recebiam o Bolsa Família. Outros 28,1% fizeram o cadastro pelo aplicativo da Caixa, e 19,5% foram novos beneficiários oriundos do CadÚnico.

Já entre os municípios, Canhoba e Gracho Cardoso apresentaram as maiores parcelas da população beneficiada, com 47,8% e 47,1%, respectivamente. Por outro lado, Aracaju e Laranjeiras tiveram as menores parcelas, com 22,2% e 28,2%.

“Em termos do valor distribuído por município, a região metropolitana de Aracaju, constituída por Aracaju, Barra dos Coqueiros, Nossa Senhora do Socorro e São Cristóvão, respondeu por 33,63% do total do auxílio. Percebe-se que as microrregiões de Estância, Tobias Barreto e Itabaiana também se destacam,” sinaliza Luiz Ribeiro.

Setores

A simulação indica também os setores em que o auxílio mais atenua o impacto na economia sergipana. São eles: atividades imobiliárias, serviços às famílias, alojamento e alimentação, e comércio. Já entre as atividades industriais, alimentos e bebidas. “De forma geral, percebe-se que a política compensatória atenua o impacto em todos os setores. Os serviços, por serem atividades mais demandadas pelas famílias em geral, têm uma redução relativamente maior do impacto,” complementa o professor.

Além de Luiz Carlos Ribeiro, o estudo foi elaborado pelos professores do Leader no Departamento de Economia da UFS, José Ricardo de Santana, José Roberto Lima Andrade, Fábio Rodrigues de Moura, Fernanda Esperidião e Marco Antônio Jorge. Com informações da Ascom/UFS.

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