ARACAJU/SE, 14 de julho de 2025 , 13:30:52

Casos de dengue aumentam em Aracaju

Da redação, AJN1

O quarto Levantamento Rápido do Índice de Infestação por Aedes aegypti (Liraa) de 2019 comprova o aumento, em Aracaju, dos casos de dengue, doença transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, que também propaga Chikungunya e Zika. Os dados foram apresentados na manhã desta sexta-feira (12), pela secretária municipal de saúde, Wanesca  Barbosa.

Conforme o Liraa, o índice de infestação geral de Aracaju foi de 2,6, valor classificado de Médio Risco para o aparecimento de surtos ou epidemias. Em relação ao último Liraa, realizado em maio, apresentou a mesma classificação de risco, porém, um aumento no valor do índice de infestação de 44%.

Somente nos 12 primeiros dias de julho, foram 136 casos notificados e 89 confirmados. De janeiro a julho, foram notificados 993 casos e confirmados 455, e duas mortes.

“A gente já vem alertando a população sobre os casos notificados e confirmados. É preciso que as pessoas tenham consciência da eliminação dos focos das residências e entender que cada um precisa fazer sua parte para termos controle sobre a doença. O Liraa segue as mesmas diretrizes, mas com um aumento de casos maior que anos anteriores. Era esperado que esse número iria aumentar e a gente precisa agir. Estamos em médio risco, mas é preciso que a gente não perca o controle”, destaca a Waneska Barboza, secretária da Saúde de Aracaju.

Criadouros

Segundo o Liraa, o criadouro mais importante em Aracaju continua sendo os depósitos de água ao nível do solo, como, por exemplo, as lavanderias que são utilizadas para armazenar água, tendo o percentual de 50,6 dos locais encontrados de foco. Continuou em queda de 5% em relação a maio de 2019, que teve um percentual de 53,1.

Depósitos domiciliares (vasos e pratos de plantas, ralos, lajes, sanitários em desuso, etc) continua como segundo maior problema com o índice de 35,7 sendo uma situação esperada para o período do ano, onde a presença da chuva leva ao aumento de criadouros.

Em relação ao lixo e entulho como criadouro comparado com o mês de maio verifica-se também um aumento importante de 42,4% justificado também pelo período de chuvas.

Bairros

Dos 43 bairros de Aracaju, 13 foram classificados em baixo risco (satisfatório), o que equivale a 30% da cidade; 24 bairros em médio risco (alerta), equivalente a 56%; seis bairros com a classificação de alto risco ou risco de epidemias 14%, são eles: Pereira Lobo (4), Dom Luciano (4,1), Industrial e Santo Antônio ( 7,0), Olaria e José Conrado (7,2).

“É muito importante saber o perfil, onde as pessoas estão adoecendo e quando foi que essas pessoas adoeceram, para que a gente possa intensificar essas ações. Já estão comprovados dengue tipo 1 e 2 circulando no nosso município, sendo que os bairros Santa Maria e o 17 de Março tem os dois tipos. Com o Liraa, as ações serão direcionadas para a problemática encontrada naquele local para evitar que mais pessoas adoeçam. Lavandeirias ainda são o principal criadouro”, disse Taise Cavalcante, diretora de Vigilância e Atenção à Saúde de Aracaju.

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