Da redação, AJN1
Com salários atrasados e a iminência do desemprego batendo à porta, garis e margaridas da empresa Torre realizaram na manhã desta quinta-feira (10), uma manifestação em frente ao Centro Administrativo Prefeito Aloísio Campos, no Conjunto Costa e Silva, para cobrar da Prefeitura de Aracaju intervenção contra as possíveis demissões em massa em virtude do contrato emergencial feito pela gestão municipal com a empresa Cavo Saneamento e Serviços, do Grupo Estre Ambiental, que a partir de amanhã (11), estará responsável pelo serviço de coleta de lixo da capital.
“Não importa qual é a empresa que vai assumir a coleta e a limpeza pública de Aracaju. Queremos saber é como vão ficar os direitos trabalhistas dos funcionários da Torre e o futuro deles. A Torre já avisou que não tem dinheiro para pagar os salários, benefício e rescisões, enquanto a Prefeitura não quitar a dívida que tem com a empresa. Os trabalhadores estão apreensivos porque não sabem se vão receber seus direitos e não sabem se serão reaproveitados pela nova empresa, a Cavo. São pais de família que, se ficarem desempregados, vão passar fome”, disse Anderson Vidal, vice-presidente do Sindicato dos Empregados de Limpeza Pública e Comercial de Sergipe (Sindilimp).
Ainda de acordo com Anderson, a categoria não concorda com a maneira como foi feito o contrato emergencial, pois o Sindilimp, que representa os trabalhadores da Torre, não foi convocado para nenhuma reunião. “O Sindicato não foi chamado. São 1.400 trabalhadores que podem não ter mais emprego a partir desta sexta. Por isso, suspendemos a coleta e a limpeza pública e não sabemos como a situação ficará a partir de agora”, declara.
Nota pública
Em nota pública enviada na manhã de hoje ao Sindilimp, a Torre disse que não tem verba para pagar salários, benefícios e rescisões dos colaboradores se a Prefeitura não quitar a dívida existente com a empresa.
“Estamos comunicando que, devido à interrupção do contrato com a Prefeitura de Aracaju, através de anúncio na mídia, fato este, que surpreendeu a todos, que a nossa preocupação maior é honrar com os compromissos referentes a salários, benefícios, encargos e rescisões dos nossos colaboradores. Para que isso aconteça, é imprescindível que a Prefeitura honre com todos os pagamentos, dando total quitação ao contrato”, diz a nota.
Reunião
Em reunião entre representantes do Sindicato e a Empresa Municipal de Serviços Urbanos (Emsurb), e o presidente da entidade, João Paulo Sobral, a Cavo começa, de fato, a operar a partir das primeiras horas desta sexta-feira (11), e que, durante as negociações com a empresa, foi informado que se a Torre demitir os seus colaboradores, a Cavo terá que readmiti-los aos poucos.
“Como o contrato vigente com a Torre se encerrou nesta quinta, a Cavo começará a operar nesta sexta com a coleta e limpeza pública e durante a negociação informamos que se houver demissões na Torre, a Cavo terá que readmitir os trabalhadores aos poucos”, declara João.