ARACAJU/SE, 18 de abril de 2024 , 12:43:03

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Comércio por atacado tem crescimento acima da média entre 2009 e 2018

Da redação, AJN1

A Pesquisa Anual de Comércio (PAC) para o ano de 2018, divulgada pelo IBGE, mostra que, Em Sergipe, houve um aumento de 38,5% no número de unidades locais atuando no comércio por atacado entre os anos de 2009 e 2018. Em 2009, eram 836 unidades locais com receita de revenda, ao passo que, em 2018, eram 1.158.

Um aumento menos expressivo, pôde ser observado no número de unidades locais do comércio varejista (20,4% unidades locais a mais) e do comércio de veículos, peças e motocicletas (1,7%). Em termos de participação na região Nordeste, registrou-se perda relativa na receita bruta de revenda, passando de 3,8% do total da receita da região em 2009 para 3,6% em 2018.

No agregado das três atividades comerciais, o aumento no número de unidades locais entre 2009 e 2018 foi de 20,3% (passando de 8.822 para 10.611 unidades). A PAC retrata as características estruturais do segmento empresarial da atividade de comércio no País.

Unidades locais

Em 2018, as unidades locais com receita de revenda na atividade de comércio ocupavam 69.832 pessoas, sendo 55.007 (78,8%) no comércio varejista, 9.164 no comércio por atacado (13,1%) e mais 5.661 (8,1%) pessoas no comércio de veículos, peças e motocicletas. Em 2009, o número de pessoas ocupadas nas três atividades era de 56.190, o que significa um aumento de 24,3% em uma década. Percentualmente, o maior incremento ocorreu no comércio por atacado, que passou a empregar 30,3% mais pessoas. Em números absolutos, porém, o comércio varejista foi o que mais absorveu mão de obra, com 11.264 pessoas ocupadas mais entre 2009 e 2018.

Salário médio mensal

Dentre os três segmentos pesquisados, o comércio de veículos, peças e motocicletas tinha o maior salário médio mensal (2,0 salários-mínimos, sempre para valores vigentes no ano). No comércio por atacado, esse valor chegou a 1,8 salário-mínimo. Para o comércio varejista, por sua vez, ficou em 1,4 salário-mínimo.

Na comparação com 2009, considerando o salário-mínimo vigente nos dois anos comparados, nota-se um cenário de quase estagnação. Para o comércio de veículos, peças e motocicletas, o salário médio mensal passou de 1,9 para 2,0 salários-mínimos. Para o comércio por atacado, ele passou de 1,7 para 1,8. Para o comércio varejista, porém, que é o segmento que mais emprega, ele permaneceu em 1,4 (considerando a segunda casa decimal, porém, houve queda de 1,41 para 1,38).

Ainda na comparação entre 2009 e 2018, houve um discreto incremento no número médio de pessoas ocupadas por unidade local, passando de 6,4 para 6,6 pessoas ocupadas por unidade. Esse incremento se fez sentir mais claramente no comércio varejista, cuja média de pessoas ocupadas por unidade passou de 6,1 para 6,4. No comércio de veículos, peças e motocicletas, o aumento foi mais sutil (6,3 para 6,4). Já para o comércio por atacado, ocorreu uma redução no número médio de pessoas ocupadas por unidade, que passou de 8,4 para 7,9.

Receita bruta de revendas

Entre 2009 e 2018, a participação da receita bruta de revenda em Sergipe diminuiu sua participação no total da região Nordeste, passando de 3,8% para 3,6%. Apesar disso, o Nordeste aumentou sua participação na receita bruta de revenda no comércio nacional, passando de 15,1% para 15,2%. No período, apenas a região Sudeste teve perda de participação, mas, ainda assim, deteve mais da metade da receita bruta de revenda do país. (52,4% em 2009 e 50,3% em 2018).

No Nordeste, o ganho de participação ocorreu em Pernambuco (de 18,5% para 19,4% da receita bruta de revenda do Nordeste), no Maranhão (de 9,1% para 9,6%) e na Paraíba (de 6,8% para 7,2%). A Bahia, que é o estado com maior participação, manteve os 29,3% registrados em 2009. Nos outros estados, a participação caiu. Em pontos percentuais, as maiores quedas foram registradas no Rio Grande do Norte (7,0% para 6,3%), Ceará (15,5% para 15,0%) e Piauí (5,5% para 5,2%), seguidos de Sergipe. Em Alagoas, registrou-se uma perda de 0,1 ponto percentual, de 4,5% para 4,4%.

Com informações do IBGE.

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