Com a decisão de Joe Biden não disputar a reeleição nos EUA, era esperado um impacto no mercado financeiro já nesta segunda-feira (22).
O petróleo do tipo Brent subiu para US$ 83 o barril após cair quase 3% na sexta-feira – foi a maior perda para um dia desde o início de junho. Além da desistência de Biden, os investidores estão preocupados com a onda de calor que atinge a região petrolífera de Alberta, no Canadá, com uma uma série de incêndios florestais sendo registrados. Estima-se que 348.000 barris da produção diária de petróleo estão em risco, segundo autoridades.
Já o ouro subiu à medida que os mercados ainda tentam “digerir” a saída de Biden da corrida presidencial nos EUA. O metal se valorizou até 0,5% nas primeiras horas da Ásia, beneficiado pelo apetite por um porto seguro em meio ao aumento da incerteza das eleições no novembro na maior economia do mundo. Biden falou que vai cumprir seu mandato até o fim e já endossou o nome da vice Kamala Harris para representar os democratas contra Trump em novembro. Ela ainda precisa da nomeação oficial da legenda, que vai ocorrer na convenção nacional do partido em agosto.
A barra de ouro atingiu atingiu um preço recorde na semana passada à medida em se aumentavam as apostas para que Fed suavizasse a política monetária. Taxas de juros mais baixas são normalmente positivas para o metal.
Investidores começaram a analisar como Trump, caso vença as eleições, poderia se comportar no aspecto da economia. Uma parte deles acredita o republicano pressionará por um dólar mais fraco, para impulsionar as exportações. Um dólar mais forte é geralmente negativo para o ouro, que é cotado na moeda norte-americana.
No mercado de câmbio, o dólar registrava desvalorização frente ao iene (- 0,3%), libra esterlina (- 0,1%) e peso mexicano (- 0,3%). Por outro lado, estava estável em relação ao euro e ao dólar canadense.
No mercado acionário, as Bolsas de Tóquio e Xangai estavam no vermelho em 1,15% e 0,6%, respectivamente. Já Hong Kong, o índice se valorizava 1,2%. Na Europa, Paris subia 1%, Frankfurt crescia 0,9% e Londres subia 0,5%.
Investidores também estarão de olho na semana na divulgação da dados econômicos na Europa, no crescimento dos EUA no segundo trimestre e numa série de balanços corporativos.
Fonte: Exame