Da redação, AJN1
O custo da cesta básica de Aracaju apresentou queda de 1,35% no mês de julho. As informações foram divulgadas nesta sexta-feira (5), pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Na prática, os aracajuanos tiveram que desembolsar R$ 542,50 para levar o conjunto de alimentos perecíveis para casa. Produtos in natura – aqueles obtidos diretamente de plantas ou de animais para o consumo sem que tenham sofrido qualquer alteração – foram os principais responsáveis pela redução da cesta nas 17 capitais pesquisadas.
Com a pequena diminuição no preço, a capital sergipana mantém a cesta mais barata do Brasil. Vale frisar que no mês de junho houve alta de 0,28% no valor da cesta; em maio, queda de 0,56%; em abril, teve aumento de 5,04%; em março, a alta foi de 1,58%; em fevereiro, 1,77%; em janeiro, elevação expressiva de 6,23%. Já a variação anual é de incríveis 11,07%.
Ainda conforme a pesquisa, entre junho e julho, as reduções mais expressivas ocorreram em Natal (-3,96%), João Pessoa (-2,40%), Fortaleza (-2,37%) e São Paulo (-2,13%). Sete cidades tiveram alta: Vitória (1,14%), Salvador (0,98%), Brasília (0,80%), Recife (0,70%), Campo Grande (0,62%), Belo Horizonte (0,51%) e Belém (0,14%).
São Paulo foi a capital onde o conjunto dos alimentos básicos apresentou o maior custo (R$ 760,45), seguida por Florianópolis (R$ 753,73), Porto Alegre (R$ 752,84) e Rio de Janeiro (R$ 723,75). Nas cidades do Norte e Nordeste, onde a composição da cesta é diferente, os menores valores médios foram registrados em Aracaju (R$ 542,50), João Pessoa (R$ 572,63) e Salvador (R$ 586,54).
A comparação do valor da cesta entre julho de 2022 e julho de 2021 mostrou que todas as capitais tiveram alta de preço, com variações que oscilaram entre 11,07%, em Aracaju, e 26,46%, em Recife. Em 2022, o custo da cesta básica apresentou elevação em todas as cidades, com destaque para as variações de Recife (15,83%), Belém (13,70%), Aracaju (13,48%) e Brasília (13,25%).
Variações de preços
Entre junho e julho, o preço do litro de leite integral e do quilo da manteiga aumentou nas 17 cidades. Para o leite UHT, as maiores altas ocorreram em Vitória (35,49%), Salvador (35,23), Aracaju (32,55%) e Natal (30,95%). No caso da manteiga, destacaram-se as elevações observadas em Salvador (9,27%), Belém (8,87%) e Porto Alegre (7,49%).
O preço do quilo do pão francês subiu em todas as cidades, exceto em Aracaju (-0,57%). As maiores elevações ocorreram em Brasília (4,36%), Belo Horizonte (2,68%) e Goiânia (2,67%). A farinha de trigo, coletada no Centro-Sul, teve o preço aumentado em oito das 10 capitais onde é pesquisada.
Houve queda do preço da batata em todas as cidades na região Centro-Sul, onde o tubérculo é pesquisado. A oferta foi normalizada em virtude da colheita da safra de inverno. As reduções mais expressivas foram registradas no Rio de Janeiro (-24,76%) e em Brasília (-22,46%). Em 12 meses, porém, as cidades apresentaram taxas positivas. Em São Paulo, a batata dobrou de preço.
O quilo do tomate diminuiu de preço em todas as capitais entre junho e julho. As taxas oscilaram entre -34,75%, no Rio de Janeiro, e -5,61%, em Belém. Em 12 meses, 12 cidades apresentaram variações positivas, entre 0,17%, em Florianópolis, e 117,73%, em Recife. Em outras cinco capitais houve queda de valor: Belo Horizonte (-12,10%), Rio de Janeiro (-7,38%), Porto Alegre (-7,28%), Vitória (-3,95%) e Goiânia (-0,37%). A maturação rápida dos frutos elevou a oferta e os preços caíram.
A pesquisa captou diminuição no preço do óleo de soja em todas as cidades, exceto em Vitória (0,49%). As quedas mais expressivas foram registradas em Belém (-11,72%), Aracaju (-9,43%) e Natal (-6,30%). Em 12 meses, o produto subiu em todas as cidades, com percentuais que variaram entre 17,75%, em Belo Horizonte, e 62,24%, em Curitiba.