Da redação, AJN1
Em Sergipe, no ano de 2019, 407 mil pessoas de 18 anos ou mais sofreram algum tipo de agressão psicológica nos 12 meses anteriores à entrevista, ou seja, 23,9% da população a partir dessa idade. Com isto, Sergipe é o estado da federação com maior percentual de pessoas que sofreram tal tipo de violência. Este índice é superior à média nordestina (17,7%). Em Aracaju, 26,4% das pessoas afirmaram ter sofrido violência psicológica, sendo também o maior índice nacional entre as capitais. É o que mostra a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS 2019), do IBGE, realizada em convênio com o Ministério da Saúde.
Ainda em Sergipe, 425 mil pessoas de 18 anos ou mais sofreram agressão psicológica, física ou sexual nos 12 meses anteriores à entrevista, o que corresponde a 24,9% da população a partir deste grupo de idade. Este percentual é acima do registrado na região Nordeste (18,7%). Na análise por regiões, percebe-se um percentual menor no recorte Sul (16,7%) e maior no Nordeste (18,7%). Em Aracaju, o percentual foi superior, chegando a 28,1% dos entrevistados.
Na análise por sexo, o percentual de mulheres que sofreram alguma violência (27,2%) é superior quando comparado com os homens (19,4%). Considerando a faixa etária, a prevalência de casos de violência é mais acentuada nas populações mais jovens: de 18 a 29 anos (35,6%); de 30 a 39 anos (28,7%); de 40 a 59 anos (20,8%) e 60 anos ou mais (14,0%).
Os percentuais relacionados a pessoas que sofreram algum tipo de violência são maiores entre a população preta (20,8%) e parda (25,8%) do que entre a branca (16,4%). A mesma tendência ocorreu com a população com menor rendimento (sem rendimento até 1/4 do salário mínimo), em comparação com a de maior rendimento (mais de 5 salários mínimos), 27,6% e 18,0%, respectivamente.
Ainda em Sergipe, 65 mil pessoas deixaram de realizar suas atividades habituais em decorrência da violência sofrida, o que representa 15,4% das vítimas de violência, seja psicológica, física ou sexual.
Para as Grandes Regiões, foram identificadas as seguintes proporções: Nordeste (14,3%); Norte (11,0%); Centro-Oeste (12,5%); Sul (10,1%); Sudeste (11,3%). As mulheres foram mais atingidas do que os homens, com 21,0% e 6,7%, respectivamente.