Da redação, AJN1
A Pnad Covid-19, divulgada esta semana pelo IBGE, mostra que Sergipe atingiu, até o mês de agosto, o índice de 3,4% das pessoas que testaram positivas para a covid-19, totalizando 78 mil pessoas no estado, o que representa, para o período, o 4º maior percentual do país e o maior da região Nordeste. O maior percentual do país está em Roraima, com 7% da população que testou positivo.
Essa quantidade (78 mil) de casos de pessoas infectadas divulgada pelo IBGE supera o número de 76.603 pessoas divulgado pela Secretaria de Estado da Saúde até a noite dessa quinta-feira (24), causando incoerência. Mas isso tem uma explicação: de acordo com o IBGE, essa diferença, de mais de 1500 casos, se dá pela forma como os testes são contabilizados pelo Estado. No caso do IBGE, são considerados três tipos de testes: swab, o furo no dedo e a coleta de sangue no braço.
A pesquisa mostra também que 9,5% (ou 219 mil pessoas) das pessoas fizeram algum tipo de teste para a Covid-19. Até julho, 137 mil pessoas, ou 5,9% tinham feito algum tipo de teste para detectar a doença.
Grau de escolaridade
Sobre o grau de escolaridade das pessoas que fizeram o teste e testaram positivo para a doença, percebe-se um equilíbrio na distribuição. Por exemplo, 31 mil pessoas tinham ensino médio completo e superior incompleto, 28 mil pessoas não apresentaram nível de instrução ou têm ensino fundamental incompleto ou ensino fundamental completo. Pessoas com superior completo ou pós-graduação, representam 18 mil.
Tipo de exame
A pesquisa também investigou o tipo de exame que foi realizado para o diagnóstico da covid-19. Em Sergipe, no mês de agosto, 83 mil pessoas fizeram o teste SWAB (oral e nasal), sendo que destas, 35 mil testaram positivo.
Já 73 mil pessoas fizeram o exame por meio de furo no dedo e 18 mil delas testaram positivo. Por fim, 84 mil pessoas tiveram a coleta de sangue por meio da veia do braço, sendo que 33 mil testaram positivo.
Pessoas com comorbidade
Em agosto, 20 mil pessoas com comorbidade testaram positivo para covid-19. Outras 468 mil pessoas apresentaram um diagnóstico médico de alguma comorbidade. Em julho, eram 456 mil pessoas.
Do total apresentado em agosto, 185 mil homens e 283 mil eram mulheres. Em relação à idade, 239 mil pessoas com comorbidades tinham de 30 a 59 anos, enquanto que 158 mil tinham 60 anos ou mais.
Das 468 mil pessoas com comorbidades, entre julho a agosto, 20 mil testaram positivo para COVID-19. Desse total, 17 mil pessoas têm entre 0 a 59 anos, enquanto que 4 mil são idosos. Em julho, a testagem foi positiva para 9 mil pessoas com comorbidades.
As comorbidades investigadas foram diabetes, hipertensão, Asma/Bronquite/Enfisema/Doença respiratória crônica ou outra doença do pulmão, doenças do coração, depressão e câncer. A comorbidade que atinge mais pessoas (286 mil) é a hipertensão, seguida da diabetes (118 mil) e asma, Bronquite/Enfisema/Doença respiratória crônica ou outra doença do pulmão (105 mil).
Cor ou raça
Em relação à cor ou raça, 361 mil eram pretos ou pardos, enquanto que 104 mil são brancos. Sobre o nível de escolaridade e a relação com a comorbidade, 265 mil pessoas (ou 56,6%) que apresentam comorbidade não tem nível de instrução ou ensino fundamental. Em julho, esse número era de 254 mil pessoas nessas condições.