Com as mudanças trazidas pela pandemia do coronavírus, um dos setores mais afetados foi a cultura. No entanto, mais uma vez, a arte mostra o poder de sobreviver às épocas conturbadas e, a partir delas, criar. E é nesse impulso de manter vivo o espírito criativo que o SESC Nacional promove, até dezembro, mais uma edição do Arte da Palavra, desta vez online.
Considerado o maior circuito literário do país, o Arte da Palavra seleciona autores de todo o país para uma temporada de encontros e debates pelo Brasil. Acontecendo excepcionalmente em modo online, através de lives, o circuito traz a literatura e a poesia para o centro dos debates. Em Sergipe, duas autoras foram selecionadas, entre elas a contista Taylane Cruz (a outra autora é a poeta Débora Arruda).
Para Taylane, mesmo em tempos de isolamento, a literatura pode nos conectar. “A literatura possui uma força indelével, é de sua natureza agir como um ímã entre os corações. Mesmo isolados fisicamente, graças à internet é possível que as palavras cheguem e fazer parte do circuito Arte da Palavra é uma oportunidade, tanto para leitores quanto para nós, escritores, de fazer com que o eixo vital da nossa língua – a literatura – seja defendido”.
Taylane já participou de lives pelo SESC Triunfo e Petrolina ao lado da escritora paulista Miriam Alves. Até dezembro, a autora ainda participa do circuito no Paraná, Brasília e Bahia.
Sobre a autora
Natural de Aracaju, Taylane cresceu no município de Capela. Formada em jornalismo pela Universidade Federal de Sergipe, é assessora de comunicação da Mostra de Cinema Negro de Sergipe – EGBÉ, e do Festival Sergipe de Audiovisual – Sercine. Criadora do projeto Entre a pele e a palavra – vivenciando a escrita de autoras negras. Atua ainda dando palestras e oficinas de escrita criativa.
Seu primeiro livro, lançado em 2015, foi muito bem recebido, tendo como boas-vindas as palavras do escritor Antônio Carlos Vian que, à época, escreveu: “…o território que Taylane percorre é o dos sentimentos, o amor sobretudo, com toques claricianos mas sem ser um simples eco da autora de “Laços de família”. As histórias se desenvolvem parece que sozinhas, o que lhes dá um toque de verdade. Os finais nunca são mirabolantes, são simples, naturais… O conto ganha uma nova e boa companhia”.
Taylane lançou seu segundo livro (A pele das coisas – Editora Multifoco) em Aracaju e Minas Gerais, durante o Fliaraxá, onde foi autora convidada ao lado de nomes como Conceição Evaristo, Marina Colassanti, Antônio Torres, Maria Valéria Rezende entre outros.