Da redação, AJN1
O governo de Sergipe encaminhou o Plano Detalhado de Resposta à Secretaria Nacional de Defesa Civil, cujos recursos somam R$22 milhões para o custeio de atividades de limpeza, monitoramento, contenção e recolhimento do óleo derramado na costa litorânea.
Segundo o governo, o dinheiro será utilizado especificamente no litoral de Aracaju, Estância, Pirambu, Brejo Grande, Pacatuba, Itaporanga D’ Ajuda e Barra dos Coqueiros – municípios mais atingidos pelo desastre, nos quais cerca de 320 mil pessoas foram afetadas diretamente, necessitando de intervenção pública para ações de resposta.
“A partir da decretação de situação de emergência do Estado de Sergipe e do seu reconhecimento federal, abriu-se a janela para solicitação de recursos. O governo de Sergipe vem mobilizando todo o seu material humano e institucional para se somar ao Ibama na mitigação dos efeitos desse grande desastre, mas o envio de recursos pelo governo Federal é imprescindível para que as ações sejam intensificadas”, afirma o cel. Alexandre José, diretor da Defesa Civil Estadual.
A solicitação de recursos foi elaborada com base em informações concedidas pela Administração Estadual do Meio Ambiente (Adema).
PGE
O Estado de Sergipe, por meio da Procuradoria Geral do Estado (PGE), também já havia pedido à Justiça, na segunda-feira (14), o bloqueio de mais de R$289 milhões da União e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), em um prazo de 48h, para cobrir os gastos da contratação emergencial de empresa terceirizada para a retirada do óleo. A multa diária em caso de descumprimento é de R$ 100 mil.
As manchas
Desde o dia 2 de setembro, as manchas de óleo foram encontradas em toda a costa nordestina, chegando a Sergipe de modo visível no dia 24 de setembro. A partir de então, foram mobilizadas equipes de diversos órgãos para dar resposta ao problema.
Toda a extensão do litoral de Sergipe está atingida pelo óleo, se estendendo ainda para os estuários dos rios Sergipe, Vaza-Barris, Piauí, Real, Japaratuba e São Francisco, causando diversos impactos na fauna e flora marítima, bem como danos, prejuízos e impactos ambientais, sociais, comercias.