Da redação, AJN1
Foi deflagrada nesta quinta-feira (12), a terceira fase da Operação Metástase, com o cumprimento de oito mandados de busca e apreensão. A ação acontece em Aracaju e em Nossa Senhora das Dores, e tem como foco principal o aprofundamento de provas de um suposto grupo criminoso que atuava na gestão da Fundação Beneficente Hospital de Cirurgia.
A operação é realizada pelo Gaeco em conjunto com o Comando de Operações Especiais (COE) e o Departamento de Combate ao Crime Tributário e Administração Pública (Deotap).
Segundo o Gaeco, por meio de levantamentos de dados e de campo, o ex-gestor do Hospital de Cirurgia, dr. Gilberto Santos utilizou-se de duas construtoras, registradas em nome de “laranjas” – sócios residentes no município de Nossa Senhora das Dores – com a finalidade de desvio de verba pública da saúde e utilizadas na compra de bens e enriquecimento ilícito do gestor à época.
A investigação versa sobre crimes contra a Administração Pública, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
HC
Em nota à imprensa, a Direção do Hospital de Cirurgia afirma que a Instituição está sob Intervenção Judicial desde 6 de novembro de 2018. Por conta disso, os fatos relacionados à Operação Metástase são em decorrência de investigações anteriores a esta gestão, não tendo nenhum tipo de relação com a atual Direção. Diz ainda que está à disposição para contribuir com o que for necessário.
A AJN1 não conseguiu contato com o dr. Gilberto. Tão logo consiga, o texto será acrescido do seu posicionamento.
A Operação
A Operação Metástase foi deflagrada pelos Ministérios Públicos Estaduais e acontece na Amazonas, Bahia, Goiás, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, São Paulo e Sergipe. A execução é feita pelos Grupos de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaecos). Articulada pelo Grupo Nacional de Combate às Organizações Criminosas (GNCOC), colegiado que reúne os Gaecos do Brasil, a operação nacional cumpre 87 mandados judiciais, dentre busca e apreensão, prisão, afastamento de funções públicas e uso de tornozeleiras eletrônicas.
O objetivo da operação nacional é combater crimes contra a Administração Pública praticados por servidores públicos e particulares, dentre eles crimes de corrupção ativa e passiva, peculato, peculato eletrônico, participação em organização criminosa, associação criminosa, fraude à licitação, lavagem de dinheiro, tráfico de influência, falsidade ideológica e material e fraude processual.