A GM (General Motors) vai diminuir o ritmo de produção nas fábricas de São José dos Campos (SP) e Mogi das Cruzes (SP) por cinco meses, podendo ainda ser prorrogada por igual período. A medida foi anunciada ontem (28) pela montadora e começa a valer a partir da segunda-feira, dia 3 de julho.
Em nota, a montadora afirmou que o layoff tem como objetivo garantir a sustentabilidade dos seus negócios no Brasil e ajustar a produção à atual demanda do mercado. O modelo adotado pela companhia será a suspensão do 2º de trabalho dos empregados das fábricas.
A diminuição do ritmo de produção foi acordada com o sindicato dos metalúrgicos de cada unidade. Em comunicado, o Sindicato de Metalúrgicos de São José dos Campos, o layoff vai atingir 1.200 trabalhadores da planta.
O acordo prevê que os trabalhadores no formato recebam 100% do salário líquido. Uma parte será paga com recursos do FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador), e o restante será depositado pela GM.
O layoff ocorre três semanas depois de o governo anunciar incentivo de R$ 500 milhões ao setor de automóveis para fomentar as vendas de carros e uma nova nesta quarta-feira.
Na terça-feira (27), a Volkswagen paralisou, temporariamente, a produção de carros em três fábricas localizadas em Taubaté (SP), São Bernardo do Campo (SP) e São José dos Pinhais (PR). Em comunicado à imprensa, a empresa informou que a medida foi adotada devido a uma “estagnação do mercado”.
Repercussão no Governo
O ministro dos Transportes, Renan Filho, disse ao Poder360 que o BC (Banco Central) é o principal responsável pela estagnação da indústria automobilística. Perguntado sobre a paralisação das fábricas da Volkswagem no país, ele afirmou que a Selic alta e a preferência das empresas por produzirem modelos mais caros são os problemas do setor.
Já a ministra do Planejamento, Simone Tebet, disse que não basta dar benefícios para a indústria automotiva no Brasil e que o cenário só vai melhorar com a aprovação da reforma tributária.
Por outro lado, o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, disse que o programa do governo federal que dá desconto na compra de veículos “vai muito bem”. Já o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o governo vai estender o programa de incentivo à compra de carros e o abrir para pessoas jurídicas.
Fonte: Poder 360