O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) variou 0,31% em julho de 2020, depois de 0,03% registrada em junho. Em julho de 2019, o índice havia ficado em 0,13%. O IPCA acumula no ano alta de 1,45%. No acumulado dos últimos doze meses, o índice registrou alta de 2,31%. Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, cinco tiveram alta em maio (Habitação; Artigos de Residência; Transportes; Saúde e Cuidados Pessoais; Comunicação).
O maior impacto negativo entre os grupos pesquisados foi no grupo Vestuários (-0,10 pontos percentuais (p.p.)), que apresentou deflação (-1,85%). A queda foi puxada pela variação de -2,38% no preço das roupas, que contribuiu com -0,09 p.p. no índice final de julho. Roupa masculina teve queda de -2,77%, roupa feminina, -2,71%, e roupa infantil -0,97%.
Na sequência, o grupo de Alimentação e Bebidas também teve impacto negativo no índice de julho (-0,02p.p.), com queda de 0,11% nos preços. Os principais responsáveis pela queda foram os Tubérculos, raízes e legumes, que ficaram 10,59% mais baratos. A batata-inglesa viu seu preço despencar 30,97%, mas o tomate (-12,58%) e a cenoura (-12,18%) também experimentaram quedas percentuais na de dois dígitos. Continuaram a pressionar os preços para cima, porém, as carnes, cuja alta em julho foi de 6,39%, com destaque para a costela, 7,55% mais cara, o acém, que teve alta de 8,65%, o contrafilé (7,33%), a alcatra (4,22%) e o músculo (7,61%).
Para o cálculo do índice do mês, foram comparados os preços coletados no período de 1º a 28 de julho de 2020 (referência) com os preços vigentes no período de 29 de maio a 30 de junho de 2020 (base). O IPCA é calculado pelo IBGE desde 1980 e se refere às famílias com rendimento monetário de 01 a 40 salários mínimos, qualquer que seja a fonte, e abrange dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís, Aracaju e de Brasília.
Transportes
O grupo com maior impacto positivo no IPCA de julho em Aracaju foi o grupo de Transportes, que apresentou 1,78% de variação. Em termos de impactos em pontos percentuais, considerando o peso mensal dos produtos e serviços na cesta de compras, o grupo de Transportes respondeu por 0,30 p.p. no total da variação mensal, de 0,31%.
O resultado do grupo de Transportes foi influenciado pela variação dos preços dos Combustíveis, que subiram 5,58% (0,27 p.p. de impacto no resultado geral de 0,31%). No caso da gasolina, houve alta de 5,54% (impacto de 0,26 p.p.). No grupo Habitação (0,65%), o impacto foi de 0,09 p.p. em junho, o segundo mais significativo entre os nove grupos pesquisados.
Os principais impactos vieram do subgrupo de Combustíveis e energia, com variação de 1,67% e impacto de 0,08 p.p. O gás de botijão, que teve alta de 2,96%, foi responsável por metade do impacto desse subgrupo (0,04 p.p.), e a energia elétrica residencial, que subiu 1,21%, ficou responsável pela outra metade do impacto do subgrupo Combustíveis e energia.
O terceiro maior impacto (0,05 p.p.) veio do grupo Saúde e cuidados pessoais, que registrou alta de 0,26%. O maior impacto do grupo (0,03 p.p.) veio do item Plano de saúde, com alta de 0,59%.
