ARACAJU/SE, 19 de abril de 2024 , 10:48:26

logoajn1

Infectologista do Huse alerta sobre herpes zóster

O herpes zóster é causado pelo vírus da varicela zóster, o mesmo da catapora. É adquirido pelas vias respiratórias e pelo contato com as lesões bolhosas, podendo causar dor e deixar sequelas. Após a melhora da catapora o vírus permanece latente nos gânglios nervosos e, por isso, quando se manifestam, são em áreas específicas.

Há outros tipos de herpes menos graves como o oral e o genital causados pelos vírus herpes simples tipo 1 e tipo 2 , respectivamente. O primeiro geralmente é adquirido na infância após o contato de algum parente com a lesão ativa através do beijo, por exemplo, e, no segundo caso, a transmissão é sexual. “Como pode ocorrer contato orogenital, podemos encontrar as mesmas doenças cruzadas, ou seja, herpes oral pelo vírus 2 e o genital pelo vírus 1”, explica a médica infectologista do Hospital de Urgências de Sergipe (HUSE), Manuela Santiago Freitas.

“Em Sergipe, vemos muitos casos de herpes, mas os que geralmente chegam a ser hospitalizados são os que apresentam o herpes zóster. O público alvo costuma ser de pacientes com HIV/AIDS, idosos, pacientes oncológicos e com doenças que utilizam medicamentos para suprimir a imunidade. Ao perceber o aparecimento de lesões bolhosas no corpo a pessoa deve procurar atendimento médico imediatamente para iniciar o tratamento o mais rápido possível”, diz Manuela.

Não há cura para nenhum dos tipos do herpes. “Todos permanecem em nosso organismo e os principais fatores desencadeadores são a queda de imunidade, por uma doença ou uso de medicações imunossupressoras e o estresse. Complicações graves podem ocorrer como a meningite motivada por esses vírus e, se atingir o olho, pode causar cegueira. O herpes ocular não tem um vírus específico. Geralmente é consequência de algum desses afetando a região próxima ao olho”, ressalta a infectologista.

O herpes ocular, em geral, é unilateral, isto é, afeta apenas um dos olhos. Pode incidir na pálpebra, sob a forma de pequenas vesículas que, depois de duas semanas secam e criam crostas; na conjuntiva, com sintomas semelhantes aos da conjuntivite; e na córnea (ceratite herpética), a mais grave, que pode provocar uma inflamação recorrente e a formação de úlceras e de cicatrizes que podem levar à perda progressiva da visão, se a doença não for tratada a tempo.

Prevenção

A forma de prevenir é evitar ter contato com pessoas que tenham a doença ativa como, por exemplo, através do compartilhamento de objetos, como louças, maquiagens, toalhas e outros itens que estejam infectados. “Porém isso é muito difícil porque nem sempre a doença é perceptível”, comenta doutora Manuela.

Fonte: Ascom/SES

Você pode querer ler também