Da redação, AJN1
O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, desembarcou no aeroporto Santa Maria, em Aracaju, no início da tarde desta segunda-feira (7), com o objetivo de acompanhar os danos ambientais causados pelas manchas de óleo que surgiram na costa de Sergipe e de todo o Nordeste desde setembro.
Ao lado do governador Belivaldo Chagas, o ministro sobrevoou por 30 minutos, utilizando-se de um helicóptero, as áreas contaminadas pela substância, classificada pela Petrobras como “petróleo cru de origem desconhecida”.
Após o sobrevoo, Ricardo Salles e Belivaldo Chagas se reuniram com equipes técnicas do Gabinete de Crise para deliberar ações conjuntas que possam atenuar os estragos causados até o momento e identificar o mais rápido possível a origem do problema.

Situação de Emergência
No sábado (5), o governo de Sergipe decretou situação de emergência, por um período de 180 dias, na faixa litorânea que compreende os municípios de Brejo Grande, Pacatuba, Pirambu, Barra dos Coqueiros, Aracaju, Itaporanga D’Ajuda e Estância, devido ao aumento das manchas de óleo.
O óleo já foi visto pela Adema e Ibama em áreas sensivelmente protegidas ambientalmente, como nas praias do Sarney, Mosqueiro, Pacatuba, Ponta dos Mangues, Pirambu Caueira, Abaís, Atalaia, Atalaia Nova e Saco.
Um Gabinete de Crise foi criado visando acompanhar o caso, definir ações emergenciais que facilitem a contratação de novos serviços, além de ajudar na limpeza das praias e na contenção do produto negro ainda na água.

Nordeste
Balanço divulgado pelo Ibama na sexta-feira, 4, mostrava que chegou a 124 o número de localidades do Nordeste afetadas pelas manchas de óleo. Ainda de acordo com o Ibama, são 59 os municípios afetados, de nove Estados da região.
Investigação
A Polícia Federal do Rio Grande do Norte instaurou inquérito para investigar possível crime ambiental após o surgimento de manchas. O inquérito visa apurar a origem das manchas.