Profissionais da segurança pública que formam o movimento ‘Polícia Unida’ foram às ruas nesta quinta-feira, 18, em prol da prioridade da vacinação das categorias, que estão trabalhando desde o início da pandemia na linha de frente. Os policias se reuniram em seus veículos na porta da Secretaria de Saúde do Estado (SES), onde solicitaram uma audiência com a secretária de Saúde, Mércia Feitosa, e saíram com destino ao Palácio dos Despachos para solicitar apoio do governador Belivaldo Chagas.
De acordo com o vice-presidente da Associação dos Delegados de Polícia do Estado de Sergipe (Adepol/SE), Adelmo Pelágio, o movimento Polícia Unida organizou a carreata na luta pela prioridade da vacinação para os policiais. “A mobilização visa a justa vacinação dos operadores de segurança pública, uma vez que, desde o início da pandemia, estão ininterruptamente no exercício presencial de suas atribuições, inclusive nas ações de linha de frente do ordenamento social imprescindível à eficácia das medidas de saúde pública”, informa.
A vice-presidente secretária geral da Adepol/SE, Flávia Félix, lembra que os profissionais da Segurança Pública têm trabalhado diuturnamente durante toda a pandemia. O resultado desse contexto são estatísticas alarmantes em número de profissionais da segurança pública infectados, que faleceram ou se tornaram vetores da doença para seus familiares. “Estamos enfrentando um risco dobrado e sem a contrapartida devida do Estado, seja pela falta de estrutura sanitária adequada nas unidades, seja pela falta de EPI’s e pagamento da periculosidade. E por isso estamos aqui hoje, pra chamar atenção da sociedade e de nossos governantes para essa situação absurda e, seja revista a ordem de prioridade na vacinação”, explica a delegada.
O presidente do Sindicato dos Policias Civis do Estado de Sergipe (Sinpol/SE), Adriano Bandeira, reforça que as forças policiais estão unidas e precisam de todo apoio para que o poder público reconheça a urgência da vacinação dos operadores da Segurança Pública em Sergipe. “Diariamente arriscamos nossas vidas, por conta do perigo inerente a nossa atividade laboral e também ao simples fato de sermos policiais. Agora o risco é duplo. Além do combate ao crime, estamos na linha de frente da pandemia do coronavírus. Como já era de se esperar, já não fomos imunizados e a nossa estrutura sanitária é praticamente nula, nos tornamos vetores, estamos adoecendo e contaminando as pessoas. Inclusive morrendo por Covid-19. A carreata é em defesa de nossas vidas”, diz.
Atualmente o Movimento Polícia Unida é composto pela Adepol, Sinpol, Assomise, Asmirp, Única, Aspra, Assimusep, Amese e a Associação de Cabos e Soldados.
