ARACAJU/SE, 7 de dezembro de 2025 , 0:51:29

Papa Leão XIV alerta para ‘poder destrutivo’ da tecnologia e da IA

 

O papa Leão XIV destacou nesta segunda-feira (10) os benefícios do desenvolvimento tecnológico e da Inteligência Artificial (IA) para a humanidade, mas alertou para o seu “potencial destrutivo” quando colocado “a serviço de ideologias anti-humanas”.

Em mensagem ao Congresso Internacional sobre IA e Medicina, promovido pela Pontifícia Academia para a Vida, o pontífice ressaltou que “o progresso tecnológico e a inteligência artificial nos levam a interagir com máquinas como se fossem interlocutoras, quase nos tornando uma extensão delas”.

Segundo ele, essa relação traz perigos profundos: “corremos o risco não só de perder de vista os rostos das pessoas ao nosso redor, mas também de esquecer como reconhecer e valorizar tudo o que é verdadeiramente humano”.

O Papa enfatizou que, para garantir um verdadeiro progresso, “é imperativo que a dignidade humana e o bem comum permaneçam prioridades absolutas para todos ? tanto para indivíduos quanto para instituições públicas”.

Leão XIV alertou ainda que os avanços tecnológicos, se não forem usados para o bem comum, podem gerar consequências devastadoras: “É fácil reconhecer o potencial destrutivo da tecnologia ? e até mesmo da pesquisa médica ? quando ela é colocada a serviço de ideologias anti-humanas”.

Neste sentido, Leão XIV lembrou que “os eventos históricos servem de alerta: os instrumentos que temos à nossa disposição hoje são ainda mais poderosos e podem produzir efeitos ainda mais devastadores sobre a vida de indivíduos e nações”.

Apesar dos riscos, o líder da Igreja Católica destacou o lado positivo do progresso, ressaltando que, “se forem aproveitadas e colocadas a serviço da pessoa humana, essas mesmas tecnologias podem ter efeitos transformadores e benéficos”.

Por fim, Robert Prevost reforçou o alerta, observando que “interagimos com as máquinas como se fossem interlocutores, quase nos tornando uma extensão delas”. Desta forma, “corremos o risco não só de perder de vista os rostos das pessoas ao nosso redor, mas também de esquecer como reconhecer e valorizar tudo o que é verdadeiramente humano”.

Fonte: Terra

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